Marianna Gualter | 26 de dezembro de 2025 - 21h45

Atividade econômica cresceu em todas as regiões do país, aponta Banco Central

Levantamento do BC mostra avanço regional em outubro; Norte teve maior alta e São Paulo registrou queda

ECONOMIA
Indicador do Banco Central aponta crescimento da atividade econômica em todas as regiões do país. - (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A atividade econômica registrou crescimento em todas as cinco regiões do Brasil na comparação entre outubro deste ano e o mesmo mês de 2024, segundo dados do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), divulgado na sexta-feira (26) pelo Banco Central. O melhor desempenho foi observado na região Norte, que apresentou alta de 3,2% no período.

Na sequência, o crescimento foi puxado pelo Nordeste, com avanço de 2,6%, seguido pelo Centro-Oeste (1,6%), Sudeste (1,2%) e Sul (1,1%). O indicador é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) regional e serve como termômetro da economia em cada parte do país.

Entre os 13 Estados acompanhados pelo Banco Central, apenas São Paulo e Paraná apresentaram retração na atividade econômica. O Estado paulista registrou queda de 0,9%, enquanto o Paraná recuou 0,6% na comparação anual.

Nos demais Estados, o cenário foi de crescimento. O maior avanço foi registrado no Rio de Janeiro, com expressiva alta de 7,0%. Em seguida, aparecem Amazonas (5,7%), Goiás (4,7%), Bahia (4,0%), Santa Catarina (3,1%), Espírito Santo (2,5%), Pernambuco (2,3%), Ceará (1,7%), Pará (1,7%), Rio Grande do Sul (1,3%) e Minas Gerais (1,1%).

O resultado reforça a recuperação heterogênea da economia brasileira, com desempenho mais forte em alguns Estados e regiões, enquanto outros ainda enfrentam dificuldades pontuais.

Crescimento no acumulado do ano

No acumulado de 2025, o Centro-Oeste liderou o crescimento regional, com alta de 5,8%. Na sequência, aparecem o Norte (3,4%), o Sul (2,9%), o Nordeste (2,1%) e o Sudeste (1,6%).

Já na análise dos últimos 12 meses, o Centro-Oeste manteve a liderança, com crescimento de 5,9%. O ranking segue com o Norte (3,9%), Sul (3,3%), Nordeste (2,5%) e Sudeste (1,6%).

Os dados indicam que, apesar das diferenças regionais, a economia brasileira manteve trajetória de crescimento ao longo do ano, com destaque para áreas ligadas ao agronegócio e à indústria extrativa.