Estadão | 25 de dezembro de 2025 - 11h10

Leila Pereira classifica fala de Bap como "ataque machista" e manifesta apoio à jornalista

Presidente do Palmeiras se solidariza com Renata Mendonça após ofensas proferidas por mandatário do Flamengo em evento

ESPORTE
Leila Pereira, presidente do Palmeiras, criticou ataque machista de mandatário do Flamengo contra jornalista - (Foto: Cesar Greco/SE Palmeiras)

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, usou suas redes sociais na quartafeira (24) para criticar declarações do presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, classificandoas como um “ataque machista” e se solidarizando com a jornalista Renata Mendonça, do grupo Globo.

As ofensas ocorreram durante um evento na terçafeira em que o Flamengo apresentou seus resultados financeiros da temporada de 2025. Na ocasião, o mandatário rubronegro defendeuse de críticas sobre a cobertura do futebol feminino e fez comentários ofensivos à jornalista, sem citar seu nome diretamente, referindose a ela com um termo pejorativo relacionado à sua aparência.

Bap havia criticado a forma como sua gestão tratava a modalidade, argumentando sobre os lucros de transmissão e questionando a comparação entre o futebol feminino e masculino. Em seguida, usou expressão ofensiva — reproduzida por público e imprensa — que motivou a reação de toda a classe.

Em resposta, Leila Pereira publicou uma mensagem em que repudia o ataque, chama a declaração de “machista” e expressa apoio à profissional agredida indiretamente.

“Minha solidariedade à competente jornalista Renata Mendonça, vítima de um ataque machista feito pelo presidente do Flamengo. De um dirigente de um grande clube, esperase condutas exemplares, nunca misoginia”, escreveu Leila.

A dirigente palmeirense completou afirmando que ainda existem homens que “desprezam o trabalho das mulheres no futebol”, mas ressaltou que a luta por igualdade e respeito continuará.

“Infelizmente, ainda existem homens que desprezam o trabalho das mulheres no futebol. Mas não vamos baixar a guarda! Seguiremos lutando para mostrar que lugar de mulher é onde nós quisermos!”

A Globo, emissora que reúne a profissional atacada, também se posicionou oficialmente. Por meio de comunicado publicado no site GE, a empresa repudiou o que classificou como um “ataque gratuito e misógino” e afirmou seu respeito às mulheres e à crítica construtiva.

Além de Leila, outras mulheres que atuam na mídia esportiva e no ambiente de clubes aderiram à corrente de apoio a Renata Mendonça nas redes sociais, criticando o episódio e compartilhando mensagens de solidariedade. Uma delas observou que “nem no Natal o machismo tira folga”.