Renata Okumura | 24 de dezembro de 2025 - 11h50

Litoral de São Paulo tem 22 praias impróprias para banho

Baixada Santista concentra mais áreas com bandeira vermelha

SÃO PAULO
Praia do Itaguá, em Ubatuba, está entre as que estão impróprias para banhistas no litoral paulista - Foto: Prefeitura de Ubatuba/Divulgação

Quem pretende aproveitar o verão no litoral de São Paulo precisa ficar atento à qualidade da água do mar. Levantamento mais recente do Mapa de Qualidade das Praias, divulgado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), aponta que 22 praias estão impróprias para banho em dez cidades paulistas. Apesar disso, a maior parte do litoral segue liberada, com 152 praias classificadas como próprias.

O número representa um aumento em relação à semana anterior, quando 19 das 175 praias monitoradas apresentavam condições inadequadas para os banhistas. O novo balanço foi divulgado poucos dias após o início oficial do verão, que começou no domingo, dia 21, e segue até 20 de março de 2026.

A Baixada Santista concentra o maior número de praias com bandeira vermelha. Em Santos, ao menos seis trechos aparecem como impróprios. São Vicente registra quatro praias nessa condição, assim como Praia Grande, que também soma quatro pontos com restrição ao banho de mar.

No litoral norte, a situação exige atenção em algumas áreas específicas. Em Ubatuba, a Praia de Itaguá aparece duas vezes no relatório da Cetesb, devido à sua extensão, ambas com classificação negativa. Em São Sebastião, a Praia de São Francisco não está própria para banho. Ilhabela soma duas praias com bandeira vermelha, Itaquanduba e Portinho. Já em Caraguatatuba, apenas a Praia de Itaguá apresenta restrição.

De acordo com a Cetesb, o aumento no número de praias impróprias observado nas últimas semanas pode estar associado às chuvas que atingiram o litoral antes da coleta das amostras. A água da chuva costuma arrastar resíduos e esgoto para o mar, o que impacta diretamente a balneabilidade.

Mesmo com a elevação recente, o cenário é considerado melhor do que o registrado no início do verão passado. Em dezembro de 2024, o litoral paulista contabilizava 28 praias impróprias para banho, sendo 13 apenas no litoral norte.

Além da qualidade da água, o verão também chama atenção pelas condições climáticas. Apesar da previsão de temperaturas acima da média, o calor não deve atingir os mesmos níveis registrados no verão anterior. Segundo o serviço meteorológico Tempo Ok, os termômetros devem marcar valores mais altos do que os observados na primavera, mas a chance de quebra de recordes históricos é menor.

A recomendação das autoridades ambientais é que os banhistas consultem regularmente os boletins da Cetesb antes de entrar no mar, especialmente após períodos de chuva, quando o risco de contaminação aumenta.