Escoltado por policiais federais, o ex-presidente Jair Bolsonaro deixou na manhã desta quarta-feira, 24, a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde está preso desde 22 de novembro, e seguiu para o Hospital DF Star, a poucos quilômetros do prédio da PF. Ele será internado para passar por uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral.

O procedimento está marcado para a manhã desta quinta-feira, 25, no próprio DF Star. A intervenção foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator dos processos que envolvem o ex-presidente.

Na decisão, Moraes permitiu que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro acompanhe o marido durante a internação e seja a acompanhante principal no hospital. Já o pedido da defesa para visitas do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e do ex-vereador Carlos Bolsonaro (PL) não foi atendido pelo ministro.

A autorização veio acompanhada de um esquema especial de segurança dentro do DF Star. Entre as medidas definidas está a exigência de presença permanente de pelo menos dois policiais federais na porta do quarto em que Bolsonaro ficará internado, durante todo o período de recuperação.

Outra regra imposta por Moraes proíbe a entrada de celulares e de outros equipamentos eletrônicos no quarto reservado ao ex-presidente. A exceção vale apenas para aparelhos médicos necessários ao procedimento cirúrgico e ao monitoramento do quadro clínico.

O cirurgião-geral Claudio Birolini, médico que acompanha Bolsonaro, explicou na terça-feira que a cirurgia a que o ex-presidente será submetido é “padronizada, com menor risco de complicações”. Segundo ele, trata-se de um procedimento considerado de rotina para esse tipo de problema.

A expectativa é que a operação, marcada para a quinta-feira, tenha duração de três a quatro horas. Depois da cirurgia, Bolsonaro deve permanecer internado no DF Star em observação, conforme a avaliação da equipe médica e das autoridades responsáveis pela sua custódia.

Mesmo durante a internação, o ex-presidente segue sob responsabilidade da Polícia Federal, que mantém controle sobre deslocamentos, visitas e comunicação, agora também dentro da estrutura do hospital privado de Brasília. As medidas buscam conciliar o tratamento de saúde com as restrições impostas pela prisão preventiva.