Projeto MS ao vivo leva 3 anos de grandes shows ao parque em Campo Grande
Festival gratuito já levou mais de 100 mil pessoas ao Parque das Nações Indígenas com mistura de artistas nacionais e talentos locais
MS AO VIVOO MS ao Vivo consolidou-se, em apenas três anos, como um dos principais projetos culturais de Mato Grosso do Sul. Desde 2023, o festival de shows gratuitos transformou o Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, em um grande palco a céu aberto. Só em 2024, as nove edições reuniram público superior a 100 mil pessoas, reforçando o impacto social e cultural da iniciativa.
Realizado pelo Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Setesc e da Fundação de Cultura, o projeto aposta em uma fórmula que vem dando resultado: grandes nomes da música brasileira dividindo o palco com artistas sul-mato-grossenses, sempre com entrada franca.
O MS ao Vivo começou em 16 de julho de 2023, com show da banda Natiruts e abertura de Karla Coronel. Cerca de 20 mil pessoas acompanharam a primeira edição, que já deu a dimensão do projeto.
Ao longo daquele ano, o palco recebeu nomes como Anavitória, Rubel, Forró Ipê de Serra, Tehnofighters, Criolo e Begèt de Lucena. Desde o início, o formato se firmou: atrações nacionais de peso, somadas a artistas regionais, criando um circuito permanente de shows populares no parque.
Em 2024, o MS ao Vivo se consolidou de vez. Em março, o trio ELLLAS — Erika Espíndola, Marta Cel e Renata Sena — celebrou a força feminina na música sul-mato-grossense, com participação especial de Tetê Espíndola.
No mês seguinte, a banda Falamansa garantiu o forró mesmo sob chuva, depois da homenagem do Canaroots Reggae ao compositor Lincoln Gouveia.
Em maio, Toni Garrido levou o espetáculo “Baile Free” para um parque lotado no domingo do Dia das Mães, com abertura de Gideão Dias e Bibi do Cavaco. Em junho, Zeca Baleiro e Chico César embalaram o público com sucessos como “Mama África” e “Deus me proteja”, depois do show de abertura de Jerry Espíndola.
Julho foi o mês do samba, com Diogo Nogueira reunindo cerca de 5 mil pessoas. Em agosto, Lenine dividiu o palco com a orquestra do maestro Spok. Setembro teve Mariana Sena emocionando o público mesmo debaixo de chuva. Em outubro, o Jota Quest comandou um show cheio de hits, após a abertura de Dora Sanches.
O calendário de 2024 foi encerrado em novembro com a celebração do Mês da Consciência Negra: Dudu Nobre puxou o samba, e o espetáculo “Pérolas Negras”, com Dovalle, Dany Cristinne e Silveira, reforçou o protagonismo de artistas negros da cena local.
O sucesso seguiu em 2025, com apresentações de grande porte e público crescente. Em maio, cerca de 40 mil pessoas assistiram ao show “Escândalo íntimo”, de Luísa Sonza, que teve a cantora Paolla como atração de abertura.
Em junho, o encontro entre Top Samba e Atitude 67 levou 15 mil pessoas ao parque. Um mês depois, João Gomes atraiu 50 mil fãs, colocando o projeto entre os maiores eventos gratuitos já realizados no espaço.
Em agosto, Kalélo dividiu o palco com Vanessa da Mata diante de mais de 20 mil pessoas. Setembro foi a vez de Liniker emocionar um público estimado em 25 mil pessoas, após a abertura de Silveira com repertório autoral.
Em outubro, o reencontro do grupo Lendas 67 e o show Sertanejinho, de Michel Teló, renderam uma das noites mais marcantes da história do MS ao Vivo, misturando nostalgia, hits sertanejos e participação maciça do público.
Para o diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Eduardo Mendes, o balanço dos três anos do MS ao Vivo mostra que o projeto ultrapassou a condição de simples agenda de shows e se tornou uma política cultural contínua.
“O MS ao Vivo representa um investimento direto no acesso democrático à cultura”, afirma.
Ele avalia que o festival conseguiu aproximar diferentes públicos e faixas etárias, sempre com entrada gratuita. “O MS ao Vivo transformou o Parque das Nações Indígenas em um grande palco popular, onde famílias inteiras têm acesso gratuito a apresentações de alta qualidade. Conseguimos valorizar nossos artistas locais, trazer nomes nacionais de grande relevância e, principalmente, criar um espaço de convivência e celebração da diversidade cultural de Mato Grosso do Sul. É um projeto que fortalece nossa identidade e amplia o direito à cultura”, destaca.
Com programação regular desde 2023, o MS ao Vivo ajudou a consolidar o Parque das Nações Indígenas como um dos principais pontos de encontro da população de Campo Grande.
Além de movimentar a economia criativa e os trabalhadores da cultura, os shows também aquecem o entorno, com ambulantes, bares e serviços atuando em dias de evento. A parceria com o Sesc-MS em 2025 reforçou a estrutura e o alcance da iniciativa.
Ao completar três anos, o projeto soma mais de 100 mil pessoas apenas nas edições de 2024, dezenas de artistas sul-mato-grossenses no palco e uma lista extensa de atrações nacionais. Para o público, fica a expectativa pela continuidade do circuito de shows gratuitos que já virou marca do calendário cultural de Campo Grande.