Luiz Araújo | 23 de dezembro de 2025 - 17h40

Aneel define bandeira verde para janeiro de 2026 e afasta taxa extra na conta de luz

Condições dos reservatórios permitiram menor acionamento de termelétricas, segundo a agência

ENERGIA
Aneel anuncia bandeira verde em janeiro de 2026 após melhora nas condições do sistema elétrico - (Foto: Marcello Casal Jr)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta terça-feira, 23, que a bandeira tarifária para o mês de janeiro de 2026 será verde. Com isso, os consumidores de energia elétrica não terão cobrança adicional na conta de luz. O patamar não era registrado desde abril deste ano.

De acordo com a Aneel, a decisão leva em conta a situação do sistema elétrico nacional, que, mesmo enfrentando um período chuvoso com volumes de precipitação abaixo da média histórica, apresentou estabilidade nos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas nos meses de novembro e dezembro.

Segundo a agência, a manutenção geral das chuvas e do armazenamento permitiu reduzir a necessidade de acionamento das usinas termelétricas em relação ao mês anterior. Como a geração térmica tem custo mais elevado, a menor utilização desse tipo de fonte contribuiu para a melhora das condições de geração e para a adoção da bandeira verde.

O sistema de bandeiras tarifárias indica, mensalmente, o custo variável da produção de energia elétrica no País. A definição da cor leva em consideração fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o desempenho das fontes renováveis e o nível de acionamento das diferentes modalidades de geração.

Quando a bandeira é verde, não há acréscimo na tarifa. Já as bandeiras amarela e vermelha indicam condições menos favoráveis, com cobranças adicionais para compensar o aumento dos custos de produção de energia.

Criado em 2015, o mecanismo tem como objetivo dar mais transparência ao consumidor sobre as condições do sistema elétrico e estimular o uso consciente da energia. Segundo dados da Aneel, a aplicação do sistema de bandeiras tarifárias gerou uma economia estimada de R$ 12,9 bilhões em juros evitados desde a sua implementação.