O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta terça-feira (23) a internação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a realização de uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral. O procedimento será feito no Hospital DF Star, em Brasília, a menos de três quilômetros do local onde ele está preso desde 22 de novembro. A internação está prevista para começar nesta quarta (24), com a cirurgia marcada para o dia 25, feriado de Natal. Horários de entrada no hospital e de início da cirurgia não foram divulgados.

Na decisão, Moraes permitiu que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro seja a acompanhante principal durante todo o período de internação. Ao mesmo tempo, o ministro negou o pedido da defesa para que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o ex-vereador Carlos Bolsonaro (PL) tivessem autorização para visitas ao quarto hospitalar. Bolsonaro segue sob custódia da Justiça e a ida ao hospital foi autorizada exclusivamente para o tratamento médico.

O ministro também determinou um esquema rígido de segurança no DF Star. A Polícia Federal deverá manter vigilância permanente no hospital, com pelo menos dois agentes posicionados 24 horas por dia na porta do quarto de Bolsonaro, além de equipes de prontidão dentro e fora da unidade. Segundo o despacho, cabe à PF garantir a segurança tanto do custodiado quanto das instalações do hospital durante todo o período de internação.

Outro ponto da decisão é a proibição da entrada de celulares e outros equipamentos eletrônicos no quarto do ex-presidente. A exceção vale apenas para aparelhos médicos necessários ao monitoramento da saúde de Bolsonaro. Na prática, Moraes tenta conciliar a realização da cirurgia com o regime de custódia e as restrições impostas pelo STF, mantendo o controle sobre comunicação e movimentação do ex-presidente enquanto ele estiver internado.