Lula diz que tarifaço dos EUA foi irrelevante para o Brasil
Em ato que reconhece a cultura gospel como manifestação cultural nacional, presidente afirma que ano termina "bem", com queda no preço dos alimentos e impacto menor das tarifas dos Estados Unidos
ECONOMIAO presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o ano “termina bem” para o Brasil e minimizou o impacto do chamado tarifaço dos Estados Unidos sobre o país. Segundo ele, as medidas adotadas pelos norte-americanos “terminaram sendo irrelevantes” para a economia brasileira.
A declaração foi dada durante solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília, na qual Lula assinou um decreto que reconhece, valoriza e promove a cultura gospel como manifestação cultural nacional, incluída no conjunto das políticas públicas de cultura.
“O ano termina bem. O preço do alimento está caindo, as pessoas estão voltando a acessar coisas que ficaram mais caras. Mesmo a taxação que os Estados Unidos fizeram contra o Brasil terminou sendo irrelevante”, afirmou o presidente.
Lula também lembrou a relação com o ex-presidente americano Donald Trump, ao rebater a ideia de confronto entre os dois. “Quando muita gente imaginava que eu e o Trump iríamos entrar em guerra, nós terminamos virando amigos. Ora, porque nós temos que acreditar sempre. Desacreditar jamais”, disse.
A cerimônia reuniu integrantes do governo e representantes de segmentos evangélicos. Estavam presentes o advogado-geral da União, Jorge Messias, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) e o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), além de lideranças religiosas e apresentações artísticas ligadas à música gospel.
Lula contou que a ideia do decreto partiu de Eliziane Gama e fez um agradecimento público à parlamentar. “Na política é assim, a gente nunca agradece quem ajudou a gente”, afirmou, em tom de reconhecimento à senadora pela sugestão.
O decreto define que a cultura gospel será compreendida como um conjunto de expressões artísticas, culturais e sociais vinculadas à manifestação da fé no Brasil. A proposta, segundo o governo, busca garantir valorização, promoção e proteção da cultura gospel no âmbito das políticas públicas de cultura.
“A tua reivindicação está sendo atendida porque é fazer justiça ao povo evangélico e à música gospel”, declarou Lula, dirigindo-se a Eliziane. Para ele, a medida tem peso simbólico para a relação do governo com o público evangélico.
“A assinatura deste decreto representa mais um passo importante de acolhimento e respeito à comunidade do povo evangélico no Brasil. É um ato simples, mas com força simbólica muito profunda”, concluiu o presidente.