Projeto protege nascentes em Maracaju e melhora a qualidade da água no meio rural
Iniciativa prevê recuperação de 20 pontos de água em assentamentos e comunidade quilombola até janeiro de 2026
INTERIORA zona rural de Maracaju, a 160 km de Campo Grande, passa por uma intervenção direta para garantir água de melhor qualidade às famílias do campo. A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEDEMA), está em fase final de um projeto de proteção de nascentes. Ao todo, o plano prevê a recuperação de 20 nascentes como medida de conservação dos recursos hídricos e melhoria da água utilizada pelas comunidades rurais.
As ações começaram em maio de 2025 e têm conclusão prevista para janeiro de 2026. Segundo a prefeitura, 17 nascentes já foram protegidas e restam apenas três, todas na área externa da Escola do Campo Laurindo Stragliotto, conhecida como escola agrícola. As demais estão distribuídas no Assentamento Santa Guilhermina, que concentra 11 nascentes contempladas, e na Comunidade Quilombola São Miguel, onde outras cinco foram atendidas.
A metodologia utilizada é a técnica do Caxambu, baseada no uso de solo-cimento. O procedimento consiste em construir uma caixa de proteção no ponto em que a nascente aflora, preenchida com pedras e moldada com massa de solo-cimento, o que garante vedação e estabilidade. A estrutura atua como barreira física contra sedimentos, resíduos orgânicos e contaminantes, preserva a filtragem natural pelo solo e evita danos causados por pisoteio de animais e outros fatores de degradação ambiental.
O projeto integra um conjunto de políticas públicas voltadas à conservação da água, à proteção de áreas de preservação permanente e ao uso responsável dos recursos hídricos no meio rural, em parceria com o programa Itaipu Mais Que Energia.