Carlos Guilherme | 22 de dezembro de 2025 - 10h50

Chuvas de dezembro ficam abaixo da média em grande parte de MS

Apenas municípios do sul e leste registraram acumulados expressivos; em Campo Grande, volume superou levemente a média histórica

MEIO AMBIENTE
Chuvas variaram entre 0 e 180 mm em MS; Campo Grande registrou volume levemente acima da média - (Foto: Arquivo/A Crítica)

Os primeiros 15 dias de dezembro de 2025 foram marcados por chuvas irregulares em Mato Grosso do Sul, segundo levantamento do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec/MS), vinculado à Semadesc.

A análise, feita a partir de dados de satélite do MERGE/INPE, estações meteorológicas do INMET e Semadesc, além de pluviômetros automáticos do Cemaden e da ANA, mostra que o volume de precipitação variou bastante entre as regiões do Estado.

De acordo com os técnicos, os maiores acumulados, entre 120 e 180 milímetros, foram registrados nas regiões sul, sudeste e leste, enquanto o Pantanal e as regiões norte e nordeste tiveram índices entre 0 e 120 milímetros. O cenário reforça o comportamento típico do período chuvoso em Mato Grosso do Sul, marcado por forte variabilidade espacial e temporal das precipitações.

Mundo Novo lidera volume de chuva - Os dados apresentados pelo Cemtec/MS indicam que Mundo Novo teve o maior acumulado do Estado, com 326,4 milímetros de chuva entre 1º e 15 de dezembro, 81% acima da média histórica mensal. Em contraste, a maioria dos municípios monitorados apresentou volumes abaixo da média, considerando que os números comparativos são referentes ao mês completo.

O levantamento foi feito com base nas informações de diferentes redes de monitoramento, incluindo as estações automáticas e convencionais do INMET, Cemaden, Semadesc e Embrapa Agropecuária Oeste.

Campo Grande, o maior volume de chuva registrado nos primeiros 15 dias de dezembro foi de 220 milímetros, na estação meteorológica da UFMS. O valor representa 7% acima da média histórica mensal para dezembro, calculada a partir dos dados climatológicos da estação do INMET na Embrapa Gado de Corte, referentes ao período de 1981 a 2010.

Apesar desse registro acima da média, outras estações da cidade apresentaram acumulados inferiores ao esperado para o período, evidenciando a irregularidade das chuvas dentro do próprio perímetro urbano.