Helena voltou a ocupar o topo das certidões de nascimento no Brasil em 2025. Pelo segundo ano seguido, o nome foi o mais registrado nos cartórios do país: ao todo, foram 28.271 meninas batizadas assim, segundo levantamento da Arpen-Brasil com base no Portal da Transparência do Registro Civil. Entre os meninos, quem lidera a preferência das famílias é Ravi, com 21.982 registros no ano.

O domínio de Helena consolida um movimento de retomada de popularidade. O nome já havia sido muito comum na década de 1950, perdeu espaço nas décadas seguintes e voltou a crescer nas últimas gerações. Há dez anos, ocupava apenas a 45ª posição no ranking nacional. Em 2017, subiu para a 21ª e, em 2019, já aparecia em 15º lugar.

Entre os nomes femininos, Helena assumiu a liderança em 2020 e se manteve no topo em todos os anos seguintes, com exceção de 2022, quando foi superada por Maria Alice. Agora, o resultado de 2025 confirma a força do nome e o gosto das famílias brasileiras por opções tradicionais, mas com sonoridade considerada atual.

Na lista geral, que reúne nomes femininos e masculinos, o ranking de 2025 ficou assim:

Helena – 28.271

Ravi – 21.982

Miguel – 21.654

Maite – 20.677

Cecilia – 20.378

Heitor – 17.751

Arthur – 17.514

Maria Cecilia – 16.889

Theo – 16.766

Aurora – 16.506

O recorte por gênero mostra que os nomes femininos mais escolhidos em 2025 foram:

Helena – 28.271

Maite – 20.677

Cecilia – 20.378

Maria Cecilia – 16.889

Aurora – 16.506

Alice – 14.777

Laura – 14.487

Antonella – 10.436

Isis – 10.378

Heloisa – 9.703

Entre os meninos, o ranking ficou assim:

Ravi – 21.982

Miguel – 21.654

Heitor – 17.751

Arthur – 17.514

Theo – 16.766

Gael – 16.201

Bernardo – 15.395

Davi – 14.425

Noah – 14.182

Samuel – 14.021

Para a Arpen-Brasil, os resultados não refletem apenas escolhas individuais das famílias, mas também tendências culturais, sociais e midiáticas. A entidade destaca o crescimento de nomes curtos e de fácil pronúncia, como Gael, Ravi, Theo, Noah e Maite, apontando uma busca por simplicidade, boa sonoridade e maior conexão global.

Ao mesmo tempo, seguem em alta nomes com referência bíblica ou tradicional, como Miguel, Davi e Samuel, muitas vezes impulsionados pela presença em novelas, séries, redes sociais e por personalidades do universo digital. Segundo a associação, a tendência combina tradição com uma dose de originalidade e influência das mídias.

Brasil ainda é o país das Marias e Josés - Os dados da Arpen dialogam com o retrato traçado pelo IBGE, que em novembro atualizou o site Nomes do Brasil, ferramenta que mostra quantas pessoas possuem determinado nome, onde elas se concentram e qual a idade média. Segundo o instituto, o Brasil ainda é um país de Marias, Josés, Silvas e Santos.

De cada cem brasileiros, seis são Marias, o que representa 12,3 milhões de pessoas. O avanço de nomes como Helena e Ravi, portanto, mostra que as novas gerações vão diversificando o repertório, mas sem apagar a força dos clássicos que marcaram décadas anteriores.