Campo Grande fecha 2025 consolidada como referência nacional e internacional em arborização urbana. Ao longo do ano, a capital ampliou plantios, modernizou o monitoramento das árvores, fortaleceu a educação ambiental e acumulou prêmios que colocam a cidade na vitrine das políticas públicas sustentáveis. Em 2026, a Prefeitura pretende avançar com a adoção da Regra 3-30-300, a ampliação do Projeto Via Verde e o uso do sistema Arbolink.

A capital foi confirmada como a cidade mais arborizada do Brasil e recebeu, pela sexta vez consecutiva, o selo Tree City of the World, concedido pela Arbor Day Foundation em parceria com a FAO/ONU. O selo reconhece municípios com gestão estruturada da arborização, planejamento técnico e políticas voltadas à sustentabilidade urbana.

Em junho, Campo Grande também foi premiada no 3º Congresso Sul-Mato-Grossense de Cidades Digitais e Inteligentes com o Prêmio Projeto Inovador 2025. O destaque foi a digitalização do processo de avaliação de risco de queda de árvores e o uso do sistema Arbolink, ferramenta que permite mapear, analisar e apoiar decisões técnicas sobre o patrimônio arbóreo da cidade.

Campo Grande fecha 2025 como referência em arborização urbana e planeja ampliar Via Verde, Regra 3-30-300 e monitoramento digital em 2026. (Foto: Reprodução SECOM CG) 

No cenário internacional, a política de arborização ganhou vitrine na COP30, em Belém (PA). A revisão do Plano Diretor de Arborização Urbana (PDAU), com adoção da Regra 3-30-300, e o Projeto Via Verde foram selecionados para o Catálogo de Iniciativas Climáticas Urbanas no Brasil, organizado por ONU-Habitat e GIZ.

Em 2025, a Semana da Árvore mobilizou diferentes regiões de Campo Grande, com plantios, ações educativas e participação de moradores, escolas e entidades. Na cerimônia oficial, a gestão lançou três materiais considerados fundamentais para orientar o manejo e aproximar a população das espécies locais:

• Cartilha de Arborização
• Guia de Identificação de Árvores de Campo Grande
• Manual de Arborização Urbana de Campo Grande, atualizado conforme a Lei Complementar n. 184/2011

A programação incluiu a distribuição de 15 mil mudas frutíferas, o lançamento do projeto Miniflorestas Urbanas e plantios comunitários em praças, escolas e no canteiro central da Avenida Mato Grosso.

De janeiro a dezembro, a Gerência de Arborização coordenou o plantio de 7.429 mudas em vias, parques e praças. No Viveiro Flora do Cerrado, a produção chegou a aproximadamente 40 mil mudas, das quais 27.113 foram entregues gratuitamente à população, principalmente em ações como o Mutirão Todos em Ação e a Ação Agro Social.

Entre as atividades técnicas, a equipe registrou:

• tratamentos fitossanitários em figueiras centenárias da Avenida Afonso Pena e da Avenida Mato Grosso
• mais de três mil árvores avaliadas e mais de duas mil autorizações de supressão emitidas via sistema Arbolink
• mais de nove mil árvores avaliadas em processos técnicos
• assinatura de termos de compromisso de compensação ambiental

As ações reforçam a combinação entre plantio planejado, cuidado com árvores maduras e compensações em casos de supressão autorizada.

Ao comentar os resultados, a prefeita Adriane Lopes destacou o papel da arborização no planejamento da cidade.

“Todo esse avanço coloca Campo Grande na vanguarda das cidades sustentáveis do Brasil. A arborização não é apenas um cuidado estético, mas uma política pública essencial para garantir conforto térmico, saúde, qualidade de vida e um futuro mais equilibrado. Em 2026, vamos seguir ampliando nossos projetos e fortalecendo ações que aproximem a população da construção de uma cidade cada vez mais verde”, afirmou.

Para o secretário da Semades, Ademar Silva Junior, a modernização da gestão tem sido decisiva.

“A modernização da gestão da arborização, especialmente com o uso do Arbolink e com a consolidação do Via Verde, nos permite avançar com responsabilidade e eficiência. O reconhecimento internacional mostra que Campo Grande está no caminho certo. Para 2026, nossa meta é expandir os plantios planejados, fortalecer a educação ambiental e aprimorar ainda mais o monitoramento das árvores para prevenir riscos e melhorar o planejamento urbano”, avaliou.

Responsável pela Gerência de Arborização, Dayane Zanela ressaltou o trabalho técnico e o engajamento dos moradores ao longo de 2025.

“2025 foi um ano histórico para a arborização urbana. Fortalecemos processos, ampliamos os plantios, intensificamos as análises técnicas e conseguimos envolver mais pessoas em ações educativas e de plantio. Para 2026, vamos seguir aprimorando a execução da Regra 3-30-300, ampliando o Projeto Via Verde e investindo em ações que tornem a cidade mais resiliente, saudável e conectada com a natureza”, disse.

A proposta da Regra 3-30-300, já incorporada ao planejamento, estabelece metas de acesso à vegetação: cada pessoa deve enxergar pelo menos três árvores de casa, os bairros precisam ter 30% de cobertura vegetal e todos devem morar a até 300 metros de uma área verde de qualidade.

Para o próximo ano, a Prefeitura prevê a ampliação do Projeto Via Verde, com novos corredores arborizados e plantios planejados para avançar no cumprimento da Regra 3-30-300. Também está no radar o reforço do monitoramento digital, o aumento da participação de escolas em ações educativas e o incremento da produção de mudas no Viveiro Flora do Cerrado.

A adoção de práticas climáticas urbanas inovadoras seguirá como prioridade, com foco em reduzir ilhas de calor, melhorar a qualidade do ar e tornar Campo Grande ainda mais preparada para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas.