21 de dezembro de 2025 - 14h00

Breno Bidon ganha espaço, vira trunfo do Corinthians e mira título da Copa do Brasil

Volante de origem, meia por necessidade, jovem de 20 anos se firma com Dorival e decide semifinal

ESPORTE
Breno Bidon, de 20 anos, ganhou espaço com Dorival Júnior e virou peça-chave do Corinthians na temporada. - Foto: A Crítica

Personalidade, versatilidade e maturidade acima da média. Aos 20 anos, Breno Bidon deixou de ser apenas mais um nome promissor da base do Corinthians para se transformar em uma das apostas de Dorival Júnior na decisão da Copa do Brasil. O time alvinegro enfrenta o Vasco neste domingo, 21, às 18h (de Brasília), no Maracanã, em busca do título nacional.

Revelado nas categorias de base do Parque São Jorge, Bidon vive em 2025 a temporada de afirmação no elenco profissional. Promovido ao time principal em 2024, o meio-campista iniciou a trajetória atuando como segundo volante, função em que se destacou pela qualidade técnica, boa leitura de jogo e capacidade de articulação.

Com o passar dos meses, ganhou ainda mais importância no esquema de Dorival Júnior. Além de contribuir na marcação, passou a ser peça recorrente na construção das jogadas ofensivas, mostrando boa saída de bola e entendimento tático. Em diversas partidas, especialmente na ausência do argentino Rodrigo Garro, foi utilizado como meia, ampliando seu repertório dentro de campo.

Em entrevista ao ge, em outubro, o próprio jogador reconheceu o momento positivo e o impacto do treinador em sua evolução. Segundo Bidon, atuar em mais de uma posição tem sido determinante para o crescimento e para o futuro da carreira, além de aumentar a confiança em decisões dentro do jogo.

A prova maior dessa personalidade apareceu na semifinal da Copa do Brasil. Diante do Cruzeiro, no Mineirão, Breno Bidon assumiu a responsabilidade da última cobrança de pênalti, frente a frente com Cássio, e converteu, garantindo o Corinthians na final. A escolha não foi por acaso.

Após a partida, o zagueiro Gustavo Henrique destacou a confiança do elenco no jovem, ressaltando a frieza, a qualidade técnica e a personalidade demonstradas no momento mais tenso da disputa.

Fora de campo, o Corinthians trata Bidon como ativo estratégico. O meio-campista tem contrato até o fim de 2029. A multa rescisória para clubes do exterior é de 100 milhões de euros, enquanto para o mercado nacional o valor é fixado em R$ 370 milhões. Apesar de ainda não haver proposta oficial, o jogador já desperta interesse de equipes estrangeiras.

Enquanto o futuro segue em aberto, o presente coloca Breno Bidon no centro de uma decisão nacional. A final da Copa do Brasil pode representar não apenas o primeiro grande título da carreira profissional, mas também a consolidação definitiva de um nome que deixou de ser promessa para virar realidade no Corinthians.