PF mira deputados do PL por suspeita de desvio em cota parlamentar
Operação Galho Fraco cumpre mandados contra Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy no DF e no Rio em apuração sobre empresa de aluguel de veículos
OPERAÇÃO GALHO FRACOA Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (19) a Operação Galho Fraco para investigar suspeitas de desvio de recursos da cota parlamentar de dois deputados federais do PL: o líder da bancada na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), e Carlos Jordy (RJ).
Endereços ligados aos parlamentares são alvo de mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e no Rio de Janeiro, no âmbito de uma investigação que apura o uso de uma empresa de locação de veículos para desviar dinheiro da Câmara dos Deputados por meio de notas fiscais consideradas fictícias.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Carlos Jordy classificou a ação da PF como uma “perseguição implacável” e afirmou que os policiais também fizeram buscas na casa de seus pais.
Sóstenes Cavalcante não havia se manifestado até a publicação do material original.
Carlos Jordy, de 43 anos, é natural de Niterói (RJ) e formado em Turismo e Hotelaria pela Universidade do Vale do Itajaí. Está no segundo mandato como deputado federal. Antes de chegar à Câmara, foi vereador em Niterói entre 2017 e 2019.
No ano passado, concorreu à Prefeitura de Niterói, mas foi derrotado por Rodrigo Neves (PDT-RJ), eleito para o terceiro mandato no comando do município.
A Operação Galho Fraco é um desdobramento de investigação iniciada no fim do ano passado. O foco é o repasse de recursos da cota parlamentar para uma locadora de veículos suspeita de ter sido criada apenas para emitir notas fiscais falsas, sem a efetiva prestação do serviço, com o objetivo de desviar dinheiro público.
Na primeira fase da investigação, a PF mirou assessores dos parlamentares e levantou informações sobre os contratos com a empresa. Com o avanço das apurações, a nova etapa passou a atingir diretamente os deputados Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy.