Maria Edite Vendas | 19 de dezembro de 2025 - 07h10

Variação de preços em material escolar chega a 300% em Campo Grande

Pesquisa do Procon MS em oito papelarias mostra grandes diferenças em itens básicos e reforça orientações sobre direitos de pais e alunos

CONSUMIDOR
Pesquisa do Procon MS encontra variação de até 300% em itens de material escolar em Campo Grande. - (Foto: Kleber Clajus)

Levantamento do Procon Mato Grosso do Sul identificou variação de preços de até 300% em itens de material escolar vendidos em Campo Grande. A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 9 de dezembro em oito estabelecimentos comerciais da Capital e serve como alerta para pais e responsáveis que já começaram a se preparar para a volta às aulas de 2026.

De acordo com o órgão, os valores podem sofrer alterações por causa de estoque e promoções, mas os dados mostram que pesquisar antes de comprar faz muita diferença no bolso.

Entre os produtos analisados, as maiores oscilações foram registradas em itens bastante comuns nas listas escolares. A caneta Bic Cristal Fashion com quatro cores teve variação de 326,5% entre o menor e o maior preço. Já o apontador Faber-Castell com depósito apresentou diferença de 317,5%.

O lápis Bic HB Evolution nº 2 redondo, sem borracha, também chamou atenção, com variação de 284,62%. Em alguns casos, isso significa pagar quase três vezes mais pelo mesmo item, dependendo da loja escolhida.

Na comparação com a pesquisa feita em 2024, alguns produtos ficaram mais baratos na média. O caderno universitário de 10 matérias e 200 folhas, por exemplo, passou de preço médio de R$ 25,79 para R$ 21,00. A cola Tenaz 110 g manteve estabilidade, com valor médio de R$ 13,00.

O Procon MS, vinculado à Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), reforça que as escolas só podem exigir materiais de uso individual e diretamente relacionados às atividades pedagógicas do estudante.

Além disso, as quantidades precisam ser específicas e razoáveis, sem indicação de marca, modelo ou fornecedor preferencial. A Lei nº 12.886/2013 proíbe que a lista peça produtos de uso coletivo, como materiais de limpeza ou itens administrativos, que devem estar incluídos no valor da mensalidade.

O órgão orienta pais e responsáveis a sempre comparar preços em diferentes estabelecimentos, observando também a qualidade dos produtos. A emissão da nota fiscal é fundamental para comprovar a relação de consumo e garantir o início da contagem do prazo de garantia.

Em caso de dúvidas sobre as listas, cobrança indevida de materiais ou suspeita de abusos, o consumidor pode acionar o Procon Mato Grosso do Sul pelo site oficial (www.procon.ms.gov.br) ou pelo Disque Denúncia 151.