Ministério da Saúde reforça vigilância da gripe por vírus K da influenza
Em alerta após aumento de H3N2 no hemisfério norte, pasta monitora subclado K, confirma quatro casos no Brasil e reforça importância da vacinação
SAÚDEO Ministério da Saúde intensificou a vigilância da gripe no Brasil após alerta epidemiológico da Organização Pan-Americana da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS). O aviso aponta aumento de casos e internações por Influenza A (H3N2) em países do hemisfério norte, especialmente Europa e Ásia, com destaque para o subclado K, mais frequente em Estados Unidos e Canadá.
De acordo com a pasta, já foram identificados quatro casos do chamado vírus K no Brasil: um importado, no Pará, ligado a viagem internacional, e três em Mato Grosso do Sul, que ainda estão em investigação para confirmação da origem.
A vigilância da influenza no país é feita a partir do monitoramento de casos de síndrome gripal e de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Entre as ações estão a identificação e o diagnóstico precoce, a investigação e notificação imediata de eventos respiratórios incomuns e o reforço das medidas de prevenção.
O trabalho também inclui garantir o acesso à vacinação e a antivirais para os grupos considerados de maior risco, com foco em reduzir o número de casos graves e de internações.
O Ministério da Saúde reforça que as vacinas oferecidas pelo SUS já protegem contra formas graves da gripe, inclusive as causadas pelo subclado K. Os grupos mais vulneráveis são os mesmos definidos como prioritários nas campanhas de vacinação anuais.
Segundo a pasta, a hesitação vacinal, observada em países da América do Norte, contribui para maior circulação do vírus, especialmente em contextos de baixa adesão à imunização. Além da vacina, o SUS oferece gratuitamente antiviral específico para tratamento da gripe, indicado principalmente a públicos prioritários, como estratégia complementar para reduzir o risco de agravamento.
A orientação é clara: aderir à vacinação continua sendo a principal forma de prevenir casos graves e diminuir hospitalizações.
Até o momento, não há evidências de que o subclado K esteja associado a quadros mais graves da doença. O que se observa, segundo o Ministério, é uma circulação mais intensa e antecipada no hemisfério norte em relação ao padrão esperado, o que acaba resultando em maior número de internações.
Os sintomas seguem os já conhecidos da gripe: febre, dor no corpo, tosse e cansaço, com atenção especial para sinais de piora, como falta de ar e agravamento rápido do quadro.
A recomendação é manter a vacinação em dia e adotar cuidados adicionais, como uso de máscara por pessoas sintomáticas, higienização frequente das mãos e ambientes bem ventilados, para reduzir o risco de transmissão.