Polícia Civil faz palestra técnica sobre drogas para magistrados em MS
Evento no Tribunal de Justiça reuniu especialistas e desembargadores para aprofundar conhecimento sobre tráfico e substâncias ilícitas
JUSTIÇANa quartafeira (17), a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul promoveu uma palestra técnica sobre drogas ilícitas para desembargadores e assessores do Tribunal de Justiça (TJMS), com o objetivo de ampliar o entendimento sobre temas que frequentemente aparecem em processos criminais.
O encontro aconteceu no Plenário das Turmas Recursais (Plenarinho) do Tribunal e reuniu os desembargadores Elizabete Anache e Fernando Paes de Campos com suas equipes. A iniciativa integra um esforço conjunto da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (DENAR), da CoordenadoriaGeral de Perícias e da Coordenadoria de Segurança Institucional.
Conteúdo da palestra - A apresentação foi conduzida pelo delegado titular da DENAR, Hoffman D’Avilla Cândido e Sousa, com participação do investigador Emmanuel Rauver Martinez e do perito criminal Evandro Rodrigo Pedon, responsável pelo Núcleo Especializado de Química e Toxicologia Forenses.
O público recebeu informações detalhadas sobre a logística e precificação do tráfico de drogas, desde a produção ou aquisição em áreas de fronteira até a distribuição em grandes centros urbanos e em mercados externos. A discussão mostrou como fatores como risco e transporte influenciam diretamente o preço final das substâncias.
Os especialistas também explicaram, de forma técnica, as diferenças entre diversas drogas:
Pasta base, crack e cloridrato de cocaína — composição e processos de produção distintos;
Diferenças entre cannabis comum e skunk, esta com maior concentração de THC;
Aspectos sobre os componentes da cannabis: THC, responsável pelo efeito psicoativo, e CBD, usado em contextos terapêuticos.
A atividade marcou o início de uma atuação mais integrada entre o Tribunal de Justiça de MS e a Polícia Civil na formação de magistrados e assessores que atuam nas Câmaras Criminais.
A ideia é alinhar o julgamento de casos com um conhecimento mais profundo das substâncias, das rotinas do tráfico e das evidências periciais, aproximando a atuação judicial da realidade técnica e dinâmica do crime organizado no estado e no país.