A Polícia Federal solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (17), mais prazo para concluir a perícia médica sobre o estado de saúde do general Augusto Heleno. O militar está preso no Comando Militar do Planalto, em Brasília, após ser condenado a 21 anos no processo que apura a tentativa de golpe de Estado.

O exame foi realizado no último dia 12, mas os peritos alegaram que a análise ficou mais complexa após o recebimento de novos documentos entregues pela defesa do general na véspera da perícia. Por isso, a PF pediu que o laudo definitivo seja entregue até 26 de dezembro.

No processo, Heleno afirma que foi diagnosticado com Alzheimer em 2018, após episódios de perda de memória. Com base nesse histórico, a defesa pede que ele cumpra prisão domiciliar. Os laudos médicos foram anexados aos autos.

Apesar do diagnóstico, o general exerceu o cargo de ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A Procuradoria-Geral da República já se manifestou favorável à prisão domiciliar, considerando a idade de Heleno — 78 anos — e seus problemas de saúde.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, determinou a perícia ao apontar “informações contraditórias” nas alegações da defesa.