17 de dezembro de 2025 - 16h50

Operação do Inmetro reprova mais de 90 mil produtos de Natal; brinquedos lideram falhas

Fiscalização nacional identifica 15% de irregularidades em brinquedos e alerta para riscos de incêndio em luminárias decorativas

ECONOMIA E CONSUMO
Ausência do selo de conformidade em brinquedos é a irregularidade mais frequente detectada pela fiscalização em novembro. - (Foto: Divulgação/Inmetro )

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) divulgou, nesta quarta-feira (17), o balanço da Operação Natal Seguro, que monitorou o mercado nacional durante o mês de novembro. Das 725.230 unidades fiscalizadas, 90.386 apresentaram irregularidades — um volume considerado "bastante representativo" pelas autoridades. O foco da ação foi garantir a segurança de itens com alta demanda nas festas de fim de ano, como brinquedos e luminárias.

O dado mais alarmante refere-se aos brinquedos: das 549 mil unidades vistoriadas, 82,4 mil estavam irregulares. A principal falha foi a ausência do selo de conformidade do Inmetro, o que indica que o produto não passou pelos testes laboratoriais de segurança e pode oferecer riscos de engasgamento, cortes ou toxicidade para as crianças.

Alerta para luminárias e alimentos - Além dos brinquedos, as luzes do tipo pisca-pisca apresentaram problemas em 7,28% dos casos. Segundo Hercules Souza, chefe da Divisão de Regulamentação do Inmetro, o maior problema é a falta de informações essenciais em português, como potência e CNPJ do fabricante, além do uso de cabos fora das normas técnicas, o que aumenta o risco de curtos-circuitos e incêndios.

A fiscalização também encontrou irregularidades em alimentos típicos:

A operação revelou cenários críticos em algumas cidades. Guarulhos (SP) e Guarujá (SP) registraram 100% de não conformidade nos itens fiscalizados, seguidos por Indaial (SC), com 99%. Estabelecimentos irregulares foram autuados e podem enfrentar multas que variam de R$ 100 a R$ 1,5 milhão, dependendo da gravidade e reincidência.

Orientações ao consumidor - O Inmetro reforça que "comprar barato pode sair caro" e orienta os consumidores a: