A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro protocolou, nesta quarta-feira (17), um novo pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para flexibilizar as regras de visitação na carceragem da Polícia Federal, em Brasília. O objetivo é obter uma autorização permanente para que a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, possa visitar o marido todas as terças e quintas-feiras, sem a necessidade de novos despachos judiciais a cada encontro.

O diferencial do pedido reside na tentativa de desburocratizar o acesso. Atualmente, cada visita precisa de uma petição específica e aprovação individual de Moraes, relator do processo. Na última semana, o ministro já havia negado um pedido mais amplo, que pretendia cadastrar Michelle e os filhos para acesso livre de segunda a sexta-feira. Agora, os advogados reduziram a solicitação para dois dias fixos, argumentando que a medida evitaria o acúmulo de "sucessivas petições de idêntico conteúdo" e facilitaria a organização administrativa da PF.

Visita familiar e perícia médica - Além do pedido de acesso permanente, os advogados solicitaram autorização imediata para que Michelle e seu irmão, Eduardo Antunes Torres, realizem uma visita nesta quinta-feira (18). A estratégia da defesa é garantir um fluxo de convivência familiar diante do isolamento imposto pela prisão preventiva.

Paralelamente à movimentação jurídica, a saúde do ex-presidente é monitorada de perto:

• Exame Oficial: Bolsonaro passa por uma perícia médica nesta quarta-feira (17) para avaliar seu estado de saúde geral.
• Histórico Recente: O procedimento foi determinado por Moraes após o exame realizado no dia da prisão (22 de novembro) não apontar necessidade de cirurgias de emergência. O laudo desta nova perícia será fundamental para definir se o ex-presidente permanecerá na carceragem ou se haverá pedidos de transferência por questões humanitárias.

Contexto da prisão - Bolsonaro está detido na Superintendência da Polícia Federal desde o fim de novembro. Até o momento, o ministro Alexandre de Moraes tem mantido um rigoroso controle sobre quem acessa o ex-mandatário, mantendo a prerrogativa de autorizar ou vetar cada nome apresentado pela defesa, sob a justificativa de garantir a ordem das investigações em curso.