16 de dezembro de 2025 - 09h40

Deputados ouvem docentes da UEMS e reconhecem defasagem salarial de mais de 40%

Reunião da Comissão de Educação na ALEMS debate valorização dos professores da universidade estadual

EDUCAÇÃO
Resultado preliminar do Vestibular UEMS 2025 já está disponível. Instituição amplia oportunidades com novos cursos e processos seletivos. - (Foto: Arquivo)

A Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) discutiu nesta terça-feira (16) a valorização salarial dos professores da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). O encontro abriu espaço para que a categoria expusesse suas principais queixas e para que os deputados reconhecessem os desafios enfrentados pelo corpo docente.

Presidida pelo deputado Professor Rinaldo Modesto (Podemos), a reunião contou com a presença de representantes da Associação dos Docentes da UEMS (Aduems) e da deputada Gleice Jane (PT), vicepresidente da comissão.

A Aduems apresentou dados sobre a defasagem salarial de mais de 44% desde 2014, apontando que o crescimento da UEMS — com mais cursos, campi e produção acadêmica — não foi acompanhado por ajustes nos salários. Professores destacaram que, apesar de serem responsáveis por ensino, pesquisa e extensão, acumulam anos de perda de poder de compra.

O secretáriogeral da Aduems, professor Volmir Cardoso, observou que o piso salarial na UEMS está abaixo do piso do magistério da educação básica, definido por lei federal. Ele também chamou atenção para o número limitado de vagas em dedicação exclusiva, o que pode restringir a entrada de novos docentes nesse regime, e para a situação dos professores aposentados que não alcançaram os níveis mais altos da carreira antes das mudanças recentes.

O presidente da Aduems, professor Marcelo Batarce, afirmou que a defasagem salarial é a principal reivindicação da categoria, mas que outras questões também precisam de resposta, como a situação dos aposentados e a contribuição previdenciária de 14% para docentes inativos, tema que tem sido debatido em nível nacional. Batarce disse que o diálogo com a comissão é um “primeiro momento institucional” para avançar nessas pautas.

O deputado Professor Rinaldo Modesto disse reconhecer as diferenças entre os salários dos docentes do ensino básico e os do ensino superior e afirmou que as demandas serão levadas ao Governo do Estado. “Nossa missão é ouvir, dialogar e encaminhar ao Executivo demandas que são legítimas. A valorização do professor é fundamental para a qualidade da educação em Mato Grosso do Sul”, afirmou.

A Comissão de Educação, Cultura e Desporto também é composta pelos deputados Junior Mochi (MDB), Caravina e Mara Caseiro (PSDB), e tem função de analisar matérias relacionadas à educação em todos os níveis, além de cultura, esporte e políticas públicas voltadas ao desenvolvimento humano.