Felipe Simas encara um dos papéis mais desafiadores de sua carreira no cinema ao interpretar o lendário locutor de rodeios Waldemar Ruy dos Santos, o Asa Branca, no filme Asa Branca – A Voz da Arena, que estreia nesta quinta-feira (18) nos cinemas. No longa, o ator dá vida ao personagem que revolucionou a narração de rodeios no Brasil e cuja trajetória é marcada por ascensão, queda e recomeço.

Dirigido por Guga Sander, o filme é inspirado em fatos reais, mas aposta em uma abordagem mais humanizada da história de Asa Branca, buscando alcançar um público além do universo sertanejo. “Quero atrair o público universal, não só quem é ligado ao rodeio”, explicou o diretor.

Para Felipe Simas, viver o personagem exigiu entrega total. O ator contou que o processo foi intenso, tanto do ponto de vista físico quanto emocional, especialmente pelo curto tempo de gravação e pela imersão exigida pelo projeto. “Foi muito intenso. Tivemos pouco tempo para filmar e isso acabou sendo positivo, porque todo mundo ficou muito focado. Eu me realizei como ator”, afirmou.

Entre as principais dificuldades esteve a adaptação à dinâmica da arena. Simas precisou correr usando botas, narrar ao microfone e manter a energia necessária para transmitir a emoção típica das locuções de rodeio. “Correr na arena não é fácil. Eu jogo futevôlei, então estou acostumado a correr descalço, não de bota. Fazer isso falando ao microfone foi o maior desafio”, revelou.

O diretor Guga Sander destacou a dedicação do protagonista e afirmou que a atuação foi determinante para o resultado final do filme. “Se não fosse o Felipe Simas, o filme não seria o que é hoje. A entrega dele foi muito acima das minhas expectativas”, disse.

Além do personagem central, o longa apresenta figuras que ajudaram a construir a trajetória de Asa Branca, mesclando personagens reais e fictícios. Entre eles estão a técnica de som Jibóia, interpretada por Camila Brandão, o amigo peão Miltinho, vivido por Ravel Andrade, e o empresário Jotapê, papel de Fábio Lago.

Gravado em 20 dias, em Fernandópolis (SP), o filme exigiu cuidados especiais nas cenas com animais e em sequências mais complexas, como a chegada de helicóptero às arenas, uma das marcas registradas do locutor. Segundo a produção, todas as cenas foram realizadas com rígido esquema de segurança.

Para Simas, a história de Asa Branca vai além do sucesso profissional. “Ele foi um grande sonhador, como muitos brasileiros, mas entendeu que o sonho sozinho não basta”, refletiu o ator. Já para Sander, o filme trata principalmente de segundas chances. “É sobre recomeçar e sobre as pessoas que não deixaram o Asa se perder.”

Asa Branca – A Voz da Arena é uma produção da Sentimental Filme, em coprodução com a Ventre Studio e a Claro, com distribuição da Paris Filmes.