Mulher é morta pelo ex-marido em Ribas do Rio Pardo e MS chega a 39 feminicídios em 2025
Vítima foi esfaqueada, chegou a ser socorrida, mas não resistiu; autor foi preso em flagrante pela PM
FEMINICÍDIOUma mulher de 33 anos foi morta pelo ex-marido na madrugada deste domingo (14), em Ribas do Rio Pardo, município localizado a 97 quilômetros de Campo Grande. O crime, investigado como feminicídio, elevou para 39 o número de mulheres assassinadas em Mato Grosso do Sul em 2025 em razão da violência de gênero.
A vítima foi identificada como Aline Barreto da Silva. Segundo informações da Polícia Civil, ela foi atacada com golpes de faca pelo ex-companheiro, Marcelo Augusto Vinciguerra, de 31 anos, em um episódio caracterizado como violência doméstica e familiar.
A Polícia Militar foi acionada durante a madrugada para atender a ocorrência. Ao chegar ao local, os policiais encontraram Aline gravemente ferida por golpes de arma branca. Ela chegou a ser socorrida e encaminhada para atendimento médico, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu no hospital.
Após o crime, o autor foi localizado pela Polícia Militar e preso em flagrante. Marcelo Augusto Vinciguerra foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Ribas do Rio Pardo, onde permanece à disposição da Justiça. As circunstâncias do crime seguem sob investigação para o completo esclarecimento dos fatos.
Números que preocupam - Com a morte de Aline, Mato Grosso do Sul atinge a marca de 39 feminicídios em 2025, consolidando este como o terceiro ano mais violento para mulheres desde a criação da Lei do Feminicídio, em 2015. O número só fica atrás de 2020, quando foram registrados 40 casos, e de 2022, que contabilizou 44 mortes.
Especialistas e entidades de defesa dos direitos das mulheres alertam que os dados reforçam a urgência de políticas públicas eficazes de prevenção, proteção às vítimas e responsabilização dos agressores, além do fortalecimento das redes de acolhimento.
Denúncia salva vidas - Casos de violência doméstica podem e devem ser denunciados. A Central de Atendimento à Mulher, pelo número 180, funciona 24 horas por dia, de forma gratuita e com possibilidade de anonimato. Em situações de emergência, a orientação é acionar a Polícia Militar pelo 190.
Violência contra mulheres não é um problema privado. É crime, é uma questão de saúde pública e precisa ser combatida com informação, denúncia e ação.