Agência Brasil | 11 de dezembro de 2025 - 21h00

Lula diz que políticas públicas precisam alcançar os mais pobres onde estiverem

Em BH, presidente defende atuação do Estado em periferias e áreas rurais durante Caravana Federativa

POLÍTICA
Lula diz que políticas públicas precisam alcançar os mais pobres onde estiverem. - (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Durante o lançamento da Caravana Federativa em Belo Horizonte nesta quinta-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou a importância de levar as políticas públicas diretamente à população mais pobre e vulnerável, especialmente em regiões afastadas ou sem acesso a serviços básicos.

"Não vamos esperar que uma pessoa que não tem dente, no Vale do Jequitinhonha ou no Mucuri, vá até a cidade procurar um dentista. O Estado precisa ir até ela", afirmou Lula, ao defender a atuação ativa dos governos em áreas carentes.

A Caravana Federativa é uma iniciativa interministerial que reúne ministérios e órgãos públicos para atender prefeitos e gestores locais, promovendo acesso direto a serviços, esclarecimento de programas federais e apoio técnico. Em Minas Gerais, a ação também discutirá temas como meio ambiente, participação feminina na política e saúde pública.

No evento, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a inauguração de mais um centro de radioterapia em Itabira, com investimento de R$ 13,9 milhões, além da entrega de 32 unidades móveis de saúde bucal e uma carreta para exames de imagem e prevenção do câncer em mulheres.

A ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) reforçou que a caravana é uma ação de governo, e não de partido. "Temos compromisso com a população, independentemente de sigla política", disse.

Lula também criticou a ausência de políticas voltadas aos pobres na elaboração do orçamento federal e defendeu a mudança na lógica de distribuição de recursos. Ele voltou a condenar a violência contra a mulher e disse que a mudança precisa passar pela educação. Também expressou preocupação com as tensões diplomáticas envolvendo a Venezuela e os EUA, e ressaltou que prefere "o poder da palavra ao poder da arma".