Flávio Bolsonaro diz que candidatura foi escolha do pai para unificar direita
Pré-candidato à Presidência afirma que campo conservador "batia cabeça" e aposta em Tarcísio como palanque forte
ELEIÇÕES 2026O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta quinta-feira (11) que sua pré-candidatura à Presidência da República em 2026 foi uma decisão direta do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo ele, o anúncio precoce tem o objetivo de organizar o campo da direita, que estaria sem liderança e desunido.
Em entrevista ao canal "Irmãos Dias", no YouTube, Flávio explicou que, diante da “batida de cabeça” entre aliados, o ex-presidente decidiu “bater o martelo” e nomeá-lo sucessor. “O Bolsonaro entendeu que precisava colocar um norte claro. E essa decisão mexeu com a base. Deu ânimo”, disse.
Apoio de Tarcísio - O parlamentar destacou ainda o papel do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a quem chamou de “referência moral e técnica”, e aposta em sua força como cabo eleitoral.
“Na eleição de 2022, o Bolsonaro teve mais votos do que o Lula em São Paulo, e ainda não tínhamos um palanque como o do Tarcísio. Em 2026, vamos ter.”
Flávio relatou que a primeira pessoa a quem comunicou a decisão foi o próprio governador. Segundo ele, o diálogo foi direto e a resposta de Tarcísio foi de apoio imediato.
O senador também comentou a prisão de Jair Bolsonaro, afirmando que o ex-presidente é “inocente” e está sendo vítima de vingança política.
“É um cara patriota, sem escândalos de corrupção, e está sendo tratado dessa forma por capricho. Ele nunca ameaçou a democracia, sempre governou pedindo paz”, afirmou Flávio.
Ele classificou a atual situação de Bolsonaro como um "cativeiro" e mencionou ainda o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, como mais um “perseguido político”.
Desde o anúncio de sua pré-candidatura, feito no último dia 5, Flávio busca consolidar alianças. Já se reuniu com Ciro Nogueira (PP) e Antônio Rueda (União Brasil), presidentes de partidos do centrão, em busca de apoio. As legendas, no entanto, ainda avaliam a movimentação e consideram lançar nomes alternativos, como Tarcísio de Freitas ou Ratinho Júnior, governador do Paraná.