Jovem morre após queda em prédio no Morumbi e companheiro é preso por feminicídio
Maria Katyane, de 25 anos, foi encontrada sem vida; investigação aponta crime no 10º andar de edifício na zona sul de SP
POLÍCIAMaria Katyane Gomes da Silva, de 25 anos, morreu após cair do 10º andar do prédio onde morava, no Morumbi, zona sul de São Paulo. O caso aconteceu em 29 de novembro e é investigado pela Polícia Civil como feminicídio consumado, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).
A jovem foi encontrada sem vida no dia do crime. Durante o avanço das investigações, a polícia prendeu na terça-feira, 9, um homem de 40 anos, apontado como companheiro dela e suspeito de ter provocado a morte. O nome dele não foi divulgado pelas autoridades, e a defesa não foi localizada.
Natural de Crateús, no interior do Ceará, Maria Katyane vivia na capital paulista e era conhecida pela presença ativa nas redes sociais. Em seu perfil, compartilhava fotos de viagens, rotinas de exercícios e vídeos bem-humorados sobre cabelo e maquiagem.
Ela deixa uma filha que mora em Crateús e estuda na Escola Sônia Burgos, que divulgou nota nas redes sociais lamentando a morte da ex-aluna e prestando solidariedade à família.
O impacto do crime atingiu parentes e amigos, que expressaram indignação nas redes. A tia da jovem publicou uma homenagem acompanhada de um pedido por justiça.
“Ela não pode mais falar pois sua voz foi calada por um cara que a dizia amar, onde tudo não passava de um sentimento de posse, um sentimento doentio”, escreveu.
Em seguida, desabafou: “Hoje, como tia, eu estou com meu coração apertado, com um sentimento de indignação… pedimos justiça por Katyane Gomes”.
A SSP informou que o caso foi inicialmente registrado como homicídio, antes da prisão do suspeito. Com o avanço da apuração, o registro passou a ser tratado como feminicídio. O inquérito está sob responsabilidade do 89º Distrito Policial (Jardim Taboão), que solicitou exames periciais e segue realizando diligências para esclarecer todos os detalhes do crime.
A polícia não detalhou se houve testemunhas, indícios de agressão prévia ou como teria ocorrido a queda, informações que seguem sob sigilo investigativo.
A morte de Maria Katyane reacende o debate sobre violência contra mulheres e feminicídios — tipo de crime que segue em alta no Brasil e mobiliza esforços de segurança pública, organizações sociais e familiares de vítimas que lutam para que casos como esse sejam investigados com rigor.