Site Captura quer chegar aos líderes do crime organizado, diz secretário nacional
Plataforma do governo federal reúne os 216 foragidos mais procurados do país e deve receber atualizações constantes
POLÍTICAO secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Luiz Sarrubbo, afirmou nesta terça-feira (9) que o site Captura, lançado recentemente pelo governo federal, é uma ferramenta estratégica para localizar e prender líderes do crime organizado no Brasil. A iniciativa integra o Programa Captura, desenvolvido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em parceria com as secretarias estaduais de segurança.
Em entrevista à TV Brasil, Sarrubbo explicou que o objetivo é potencializar a rede de segurança pública e estimular a colaboração da população por meio de denúncias anônimas.
“A ideia é que se possa potencializar a possibilidade de captura. São criminosos que podem se dizer centrais para a estrutura do crime organizado”, afirmou o secretário.
Cada unidade da federação foi responsável por indicar até oito nomes de criminosos prioritários. O resultado é uma lista nacional com 216 foragidos considerados altamente perigosos e estratégicos. O site Captura centraliza essas informações e permitirá atualizações conforme as prisões forem realizadas.
Segundo Sarrubbo, o projeto começou pelo Estado do Rio de Janeiro devido à presença de várias lideranças de facções criminosas nacionais atuando na região. A expectativa do governo é que a plataforma funcione como um ponto de integração das ações de inteligência entre União, Estados e sociedade.
Sigilo e recompensa
Além de reunir as informações dos criminosos mais procurados, o programa também prevê a criação de mecanismos de segurança para quem colaborar com denúncias. “É muito importante que o Estado dê garantias de sigilo e de proteção a essas pessoas”, destacou o secretário.
O governo avalia ainda o pagamento de recompensas a informantes. De acordo com o MJSP, um grupo de trabalho já estuda a viabilidade legal e operacional dessa medida, que poderá ser implementada nas próximas etapas do programa.
Denúncias anônimas já podem ser feitas pelos canais 190 e 197, informou o Ministério da Justiça.