Jovens preferem aulas presenciais e emprego formal, aponta pesquisa
Levantamento com brasileiros de 14 a 29 anos mostra valorização da estabilidade no trabalho, interesse por IA e preferência por modelo híbrido
GERAÇÃO ZUma pesquisa realizada pela Demà em parceria com a Nexus revela que a geração Z valoriza tanto o ensino presencial quanto a segurança do emprego formal. O levantamento, divulgado nesta segunda-feira (8), aponta que 81% dos jovens dizem aprender mais em sala de aula e 69% afirmam querer trabalhar com carteira assinada.
O estudo ouviu 2.016 pessoas entre 14 e 29 anos, nas 27 unidades da federação, entre 14 e 20 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com 95% de confiança.
O interesse por tecnologia também aparece com força. Para 84% dos entrevistados, conhecimento em inteligência artificial é importante para conseguir um emprego. Além disso, 69% enxergam a IA como aliada para otimizar os estudos, enquanto 24% a consideram prejudicial e 7% não souberam opinar.
No mercado de trabalho, apenas 29% dizem preferir atividades informais ou sem rotina fixa; 2% não responderam. Sobre modelos de trabalho, o formato híbrido é o mais desejado (48%). O regime totalmente presencial atrai 39%, e o remoto exclusivo, apenas 11%. Os demais não souberam responder.
Para Juan Carlos Moreno, diretor da Demà, os resultados evidenciam um comportamento aparentemente contraditório, mas típico da geração digital. “Os dados revelam jovens pragmáticos, que veem a IA como ferramenta de produtividade, mas ainda valorizam a segurança de um emprego formal e a interação humana”, analisa.