Gravuras de Matisse e Portinari são roubadas da Biblioteca Mário de Andrade
Criminosos armados invadiram o local no domingo e levaram 13 obras da exposição; polícia analisa imagens para identificar suspeitos
ROUBO DE ARTEA Polícia Civil investiga o roubo de 13 gravuras que integravam a exposição Do livro ao museu: MAM São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade. Criminosos armados invadiram a Biblioteca Mário de Andrade, no centro de São Paulo, na manhã de domingo (7), renderam os seguranças e fugiram levando obras de Henri Matisse e Candido Portinari. Não houve feridos.
O crime ocorreu por volta das 10h, na Rua da Consolação. Segundo a Polícia Militar, os suspeitos entraram diretamente na área da mostra, recolheram as obras e deixaram o local rapidamente.
Das peças levadas, oito são gravuras de Matisse e cinco pertencem à série “Menino de Engenho”, de Portinari. A prefeitura informou que todo o conjunto estava coberto por apólice de seguro.
Imagens do sistema Smart Sampa registraram dois homens na fuga pela Rua João Adolfo. Os dois desceram de uma van azul; um deles carregava telas retiradas do veículo e chegou a deixá-las apoiadas em um muro. O outro passou logo depois, sem tocar no material. As câmeras não mostram se os suspeitos retornaram para recuperar as obras nem revelam o destino da dupla. Até agora, ninguém foi identificado e o paradeiro das gravuras permanece desconhecido.
Fundada em 1926 e reaberta após ampla reforma em 2011, a Biblioteca Mário de Andrade é a segunda maior do país. Tombado e reconhecido pelo estilo Art Déco, o prédio abriga um acervo de 327 mil livros, incluindo 51 mil obras raras — um patrimônio histórico que, agora, volta a ser alvo de atenção após o roubo.