Mercado eleva previsão de crescimento do PIB em 2025; inflação e câmbio têm leve ajuste
Boletim Focus aponta expansão de 2,25% para o PIB e inflação oficial de 4,40% neste ano; Selic deve se manter alta
ECONOMIAO mercado financeiro aumentou a projeção de crescimento da economia brasileira para 2025. A expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) passou de 2,16% para 2,25%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (8). Para 2026, a previsão também foi ajustada, de 1,78% para 1,80%.
As projeções indicam que a economia brasileira deve manter um ritmo moderado de crescimento nos próximos anos. Para 2027 e 2028, o mercado estima expansões de 1,84% e 2%, respectivamente.
Inflação desacelera, mas ainda acima da meta - A estimativa para a inflação oficial, medida pelo IPCA, caiu de 4,43% para 4,40% em 2025. A tendência de queda tem sido registrada nas últimas semanas, impulsionada por resultados mensais mais baixos, como o de outubro, que foi o menor para o mês desde 1998.
Ainda assim, o índice permanece acima do teto da meta de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que permite variação de até 1,5 ponto percentual.
Para os anos seguintes, a inflação também deve seguir em desaceleração: 4,16% em 2026, 3,8% em 2027 e 3,5% em 2028.
Juros seguem elevados - Mesmo com a inflação cedendo, o mercado não prevê corte na taxa básica de juros ainda em 2025. A projeção para a Selic segue em 15% ao ano, com possibilidade de queda apenas a partir de 2026, quando a taxa deve recuar para 12,25%. Em 2027 e 2028, a previsão é de 10,5% e 9,5%, respectivamente.
A manutenção da Selic alta é um reflexo das incertezas no cenário externo e da preocupação com o controle da inflação, ainda fora da meta. Com juros elevados, o crédito permanece caro, o que tende a desacelerar o consumo e o investimento.
Câmbio e perspectivas - A cotação do dólar foi mantida em R$ 5,40 para o fim de 2025. Para 2026, a estimativa é de R$ 5,50. O comportamento do câmbio deve seguir influenciado por fatores externos e internos, como a política monetária dos Estados Unidos e a confiança fiscal no Brasil.
Apesar das taxas de juros elevadas, o ambiente de inflação controlada e crescimento moderado sugere um cenário de estabilidade, com foco no equilíbrio fiscal e no controle dos preços.