Aconteceu. Com muita empolgação dos moradores e turistas, a 11ª edição da Bonito 21K movimentou e emocionou quem marcou presença na cidade turística nesta tarde (6), reunindo quase 2.900 atletas inscritos e consolidando-se como uma das maiores provas de corrida de rua do Brasil. 

Em um dia marcado pelo calor na casa dos 30º e percurso mais exigente, a competição também ficou marcada por um detalhe especial: um casal saiu campeão simultaneamente nas categorias 5 km e 10 km.

A naviraiense e ex-miss Ana Diniz, 29, se tornou bicampeã dos 5 km feminino, cravando 20min27s. Morando hoje em Bonito, ela comemorou defender o título em um dia “muito mais difícil” do que o anterior.

“As atletas evoluem muito a cada ano. Treinei no percurso, mas a umidade estava no teto. Foi um desafio enorme, e defender a coroa aqui é especial. Dia de prova é sempre outra história”, explica.

Ana, que trocou as passarelas pela corrida, celebrou com leveza: “Troquei o salto pelo tênis, e gosto muito mais da corrida”, diz.

No masculino, Claiton Dineire da Silva, 22 anos, venceu os 5 km com 16min50s, seguido por Luiz Gustavo Santos das Virgens (16min55s) e Pedro Froes (17min05s).

Mas o outro destaque do viria pouco depois: o bonitense Fabiano da Silva Pereira conquistou o título dos 10 km masculino, o que combinou com a vitória de sua esposa nos 5 km, formando o casal campeão que movimentou as conversas pós-prova.

Morador de Bonito, Fabiano da Silva Pereira, 34, conquistou o título dos 10 km masculino com 35min37s, finalmente realizando o sonho de vencer na própria cidade.

“Treinei muito para essa prova. Conhecia o percurso e sabia onde forçar, mas ficou mais difícil sim. Depois de anos batendo na trave, uma hora chega. Hoje chegou.”

Fabiano, que competiu em diversas edições e alternou entre 21 km e 10 km nos últimos anos, também celebrou correndo com Olympikus:
“Esse aqui é o tênis que eu gosto. Eu tinha a primeira edição e troquei por esse. Está aguentando muito bem.”

A vencedora dos 10 km feminino foi Ana Claudia Panta da Silva, 43, natural de Rio Brilhante, que completou o percurso em 44min45s, resultado que a deixou satisfeita diante da dificuldade das subidas.

“Achei desafiador. No meu município não tem tantas subidas como aqui. Foi difícil, mas deu certo. Um percurso lindo. A festa foi linda.”

Completaram o pódio masculino:
Caio Fabricius Souza Pompeu – 36min19s
Moisés Rodrigues Rios – 37min00s

E no feminino:
Lidiany Nunes – 45min43s
Winnie Furtado Silva – 46min21s

MEIA MARATONA: DISPUTA FORTE E CLIMA PESADO

Nos 21 km masculino, o campeão foi Dismas Nyabira Okioma, 23, que cruzou em 1h09min35s. Em seguida vieram Glenison Gilbert de Carvalho (1h12min02s), Leonardo Moraes da Silva Messias (1h12min34s), Rodrigo Santana (1h14min25s) e Ronaldo Rodrigues da Silva (1h15min55s).

No feminino, a vencedora foi Kleidiane Barbosa Jardim, 37 anos, com 1h23min18s. Experiente e multicampeã, ela destacou a alta temperatura como principal obstáculo.

“A temperatura pesou demais. Meu foco era fazer o primeiro tempo neste percurso novo. O trajeto é bom, o problema foi o calor. Em clima hostil, é preciso paciência. Se não souber dosar, não chega.”

O pódio feminino se completou com:
Évelin Lima Eich Ribeiro – 1h29min41s
Elaine Signorini – 1h34min26s
Andreia Rocha – 1h34min58s
Adriely Barbosa de Oliveira – 1h36min09s

PREMIAÇÃO – MEIA MARATONA 21 KM (TEMPO BRUTO)

Masculino e feminino – geral
1º lugar: R$ 2.800
2º lugar: R$ 2.400
3º lugar: R$ 2.000
4º lugar: R$ 1.600
5º lugar: R$ 1.200
Total distribuído: R$ 20 mil

Além da força esportiva, a corrida contou com a presença da Olympikus, que integra a Bonito 21K à sua agenda nacional em comemoração aos 50 anos da marca. A gerente de comunicação, Ana Carolina Neujahr, destacou o simbolismo da escolha:

“Para a Olympikus é um prazer estar aqui. Escolhemos Bonito como uma das nossas provas comemorativas por ser um lugar icônico, onde se corre com os olhos. É uma prova linda, com mais de 2 mil inscritos, um sucesso absoluto.”

Para a organizadora da Bonito 21K, Kassilene Cardadeiro ver o crescimento da corrida é gratificante. “Uma coisa é idealizar, outra é realizar. Um evento só ganha corpo com o tempo. São as histórias, os depoimentos e as entregas que atraem grandes marcas”, afirmou.

Ela também ressaltou a importância da parceria com a Olympikus, que escolheu a prova dentro de um projeto voltado a destacar diferentes regiões do país. “Tivemos a sorte de a Olympikus iniciar esse projeto brasileiro de mostrar o Brasil. Há grandes eventos nos grandes centros, mas existem corridas incríveis em todo o país. A ideia deles é justamente dar visibilidade a lugares que nem sempre estão no mapa da maioria da população”, explicou.

A prova é homologada pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e distribuiu R$ 20 mil em premiações para a meia maratona, além de troféus para as faixas etárias em todas as distâncias.