Campo Grande premia alunos da Reme por projetos sobre clima e gestão de resíduos
Programa Campo Limpo reconhece desenhos e redações que tratam de mudanças climáticas e descarte correto de resíduos; 33 escolas participaram da edição 2025
EDUCAÇÃOA educação ambiental ganhou protagonismo nesta semana em Campo Grande, durante a premiação do Programa de Educação Ambiental Campo Limpo, edição 2025. A iniciativa, conduzida pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) em parceria com o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), reconheceu seis alunos da Rede Municipal de Ensino (Reme) por trabalhos de desenho e redação produzidos a partir do tema “Mudanças Climáticas e a Gestão Compartilhada de Resíduos Sólidos”.
A cerimônia ocorreu no auditório do Centro de Formação (Cefor), na sede da Semed, e reuniu estudantes, professores e representantes do Inpev. Criado em 2010, o programa conecta o cotidiano urbano à logística reversa realizada no campo, aproximando crianças da discussão sobre reciclagem, descarte correto e impacto ambiental.
Na abertura, a professora Ana Ribas, chefe da Divisão dos Anos Iniciais, destacou o papel coletivo da educação e a urgência de formar cidadãos críticos em meio às mudanças climáticas já perceptíveis no país. Ela lembrou as catástrofes recentes no Sul como exemplo claro de como ações humanas afetam diretamente o clima e a segurança das comunidades.
Representando o Inpev, João Victor Gênova reforçou que a parceria com a Semed permite aproximar os alunos da realidade do manejo de embalagens de defensivos agrícolas. Segundo ele, entender o ciclo dos materiais ajuda as crianças a perceberem a importância do descarte correto. “Todo o processo evita que resíduos contaminem solo e água. Trazer essa experiência para a cidade torna o aprendizado muito mais completo”, afirmou.
A professora Adriana Passos, responsável pelos critérios pedagógicos, explicou que o concurso envolveu 33 escolas e levou temas de sustentabilidade para diferentes disciplinas. Ela apresentou conceitos como “Pegada Ecológica” e “Dia da Sobrecarga da Terra”, lembrando que o consumo atual supera a capacidade de regeneração do planeta. “Se considerássemos o ritmo atual, precisaríamos de mais de três planetas e meio”, alertou.
Na categoria redação, a vencedora foi Isabela da Silva Brito, 11 anos, aluna da Escola Municipal Celina Martins. Para escrever seu texto como “Repórter do Clima”, ela entrevistou a avó e comparou percepções de diferentes gerações sobre as mudanças climáticas. “O sol ficou mais forte e o rio, onde ela morava, demorava mais para baixar”, contou a estudante.
Entre os desenhos, o destaque foi Ana Júlia, de 9 anos, da Escola Municipal Adair de Oliveira. A aluna resumiu, com simplicidade, a essência do programa: “Não cortar as árvores e não jogar lixo”.
Encerrando a premiação, a secretária adjunta de Educação, Lúcia, celebrou o envolvimento das escolas e reforçou que os trabalhos apresentados representam o início de uma formação cidadã. Ela disse esperar que os alunos sigam como multiplicadores do cuidado ambiental. “Vocês precisam crescer em um ambiente saudável”, afirmou.