CCXP25 reúne multidão em SP e reforça status de maior festival geek do mundo
Evento traz estrelas de Hollywood, ativações imersivas, cosplay e experiências únicas para fãs de todas as idades
CULTURA POPA CCXP25, maior festival de cultura pop do mundo, segue movimentando milhares de fãs no São Paulo Expo até este domingo (7). Com uma mistura de nostalgia, lançamentos exclusivos, cosplayers e estúdios de peso, o evento chega à sua 12ª edição superando expectativas — e reunindo todas as “tribos” em um só lugar.
Quem caminha pelos corredores se depara com experiências que parecem saídas diretamente de filmes, séries e animações. De um lado, o cenário clássico de Chaves para fotos. Do outro, o figurino de um filme de super-herói que só será lançado em 2026. Mais à frente, uma apresentação inspirada no reality “Drag Race Brasil”. E a lista de atrações não para por aí.
Na quinta-feira (4), o elenco da série “Supernatural” subiu ao palco e causou alvoroço entre os fãs. Misha Collins (Castiel), Jim Beaver, Kathryn Newton e outros atores reuniram uma multidão no Palco Omelete. A estudante Paloma Rubio, 25 anos, chegou a pagar R$ 410 por uma foto com Collins. “É um amor muito grande. Faria tudo para ver meu ídolo”, disse.
Criada em 2014 como “Comic Con Experience”, a CCXP cresceu rápido. “Ficamos maiores que a San Diego Comic-Con em três edições”, afirma Pierre Mantovani, CEO da Omelete Company. Em 2024, a CCXP reuniu 280 mil pessoas — mais que o dobro do evento norte-americano.
Hoje, o festival é referência para grandes estúdios, que aproveitam o engajamento do público para lançar trailers e divulgar produções. Em 2025, o evento contou com 139 marcas parceiras e painéis estrelados por nomes como Timothée Chalamet, Andy Muschietti e Ella Purnell.
Além de atrações internacionais, a feira investe pesado em experiências imersivas. Estúdios como Warner, HBO Max, Paramount+ e Amazon Prime montam estandes com cenários reais, brindes, atividades interativas e acesso restrito por agendamento. Destaque para a ativação de “It: Bem-vindos a Derry”, com atores simulando cenas de fuga do palhaço Pennywise.
Para muitos fãs, a CCXP é mais que entretenimento — é pertencimento. A estudante Maria Fernanda Melo, 24, vestida como a personagem Keyleth, do universo Critical Role, destaca a importância do cosplay como forma de expressão. “É um ambiente onde ser fã é permitido e incentivado. Aqui a gente vive o personagem”, disse.
E não são só jovens que ocupam o espaço. Famílias inteiras circulam pelo pavilhão, com crianças fantasiadas e pais carregando sacolas de brindes e produtos licenciados. “É como entrar em um mundo de série ou filme. Um lugar para viver a fantasia”, disse Mariana Leal, 45, acompanhada do filho vestido como Luffy, de One Piece.
A CCXP já fincou bandeira no exterior. Depois de edições no México, a organização anunciou a estreia da CCXP Korea, marcada para 2027. “Hollywood pediu: se tiver que ir para outro país, vá para a Coreia do Sul”, revelou Mantovani.
A ideia é replicar a experiência do Brasil, com palcos icônicos como o Thunder, Artists’ Valley e Cosplay Universe, e criar uma ponte cultural entre o conteúdo brasileiro e o coreano — fenômeno global que já tem enorme base de fãs no país.