Alckmin diz que governo tem urgência para tirar produtos industriais do tarifaço dos EUA
Vice-presidente afirmou que prioridade é reduzir alíquota de 50% para itens de alta tecnologia exportados ao mercado americano
ECONOMIAO vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, voltou a defender nesta sexta-feira (5) a retirada urgente de produtos industriais da alíquota de 50% imposta pelos Estados Unidos. Em encontro com empresários da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Alckmin destacou que o foco do governo federal está em negociar a exclusão de itens com alto valor agregado do chamado "tarifaço".
“Todo o empenho vai ser feito com urgência para retirar mais produtos dos 50% e reduzir essa tarifa para exportar mais produto industrial, que agrega valor, especialmente alta tecnologia”, afirmou Alckmin durante almoço com representantes do setor, que inclui fabricantes de televisores, notebooks, celulares e outros equipamentos eletrônicos.
As tarifas aplicadas pelos EUA são vistas como uma barreira significativa para a competitividade da indústria brasileira no mercado internacional. Segundo o ministro, a prioridade nas negociações é garantir melhores condições de acesso para produtos de manufatura, principalmente os que envolvem inovação e tecnologia, segmentos que mais geram empregos qualificados e movimentam a economia.
EUA como mercado estratégico - Alckmin reforçou que os Estados Unidos são um destino estratégico para as exportações brasileiras, justamente por absorverem uma parcela significativa de produtos industriais. “É um mercado muito importante, porque compra mais produtos de manufatura”, disse.
A declaração vem em um momento em que o governo tenta ampliar acordos comerciais bilaterais e posicionar o Brasil de forma mais competitiva em setores com maior valor agregado. A retirada de produtos da tarifa de 50% — que atinge atualmente diversos bens — é considerada uma das frentes mais urgentes da política comercial.
A Abinee também tem pressionado por avanços nas negociações. Representantes da entidade destacaram que o custo das tarifas limita o crescimento das exportações brasileiras de tecnologia, prejudicando empresas que investem em pesquisa, desenvolvimento e inovação.