FCDL-MS alerta para risco de desabastecimento com possível greve de caminhoneiros
Entidade teme prejuízos ao comércio em um dos períodos mais movimentados do ano em Mato Grosso do Sul
ECONOMIA LOCALA Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul (FCDL-MS) demonstrou preocupação com a possibilidade de paralisação dos caminhoneiros às vésperas das festas de fim de ano. A entidade destaca que qualquer interrupção no transporte rodoviário pode gerar impactos imediatos no comércio local, comprometendo o abastecimento, a reposição de estoques e o atendimento aos consumidores.
A presidente da FCDL-MS, Inês Santiago, afirma que o setor varejista tem papel central na economia sul-mato-grossense e depende diretamente da malha logística para funcionar de forma plena. “O varejo é o motor da economia do Estado, e qualquer interrupção nas rodovias pode afetar diretamente o abastecimento, a reposição de estoques e o fluxo de clientes neste período crítico do ano”, alerta.
Com a chegada de dezembro, o comércio intensifica sua atividade devido ao Natal e ao aumento do consumo. Para a FCDL-MS, esse é um momento decisivo para lojistas e trabalhadores que esperam equilibrar as contas e movimentar a economia. No entanto, o setor teme que uma paralisação no transporte traga instabilidade e atrase entregas, prejudicando o planejamento de vendas e frustrando as expectativas de fim de ano.
Rodovias são essenciais para o varejo - Em um estado que depende majoritariamente do transporte rodoviário, qualquer bloqueio nas estradas impacta diretamente a cadeia de suprimentos. A FCDL-MS reforça que o comércio responde por 54% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual e emprega milhares de pessoas. A paralisação dos caminhoneiros, ainda que prevista na Constituição como um direito legítimo de manifestação, pode ter consequências severas para o funcionamento do varejo e a renda de famílias que vivem do setor.
A entidade afirma reconhecer o direito de greve, mas defende que o diálogo e o equilíbrio sejam priorizados para evitar prejuízos generalizados. A FCDL-MS entende que o Brasil precisa de estabilidade e previsibilidade para avançar, especialmente em um momento de recuperação econômica.
“É essencial garantir o direito de trabalhar, manter o comércio funcionando e permitir que os consumidores organizem suas compras de fim de ano sem incertezas”, destaca Inês Santiago.
Segundo a federação, preservar a livre circulação nas rodovias neste momento é também uma forma de proteger empregos, manter empresas em funcionamento e garantir segurança no planejamento de consumo das famílias.