Há 14 anos, o futebol perdia Sócrates, ídolo eterno do Botafogo-SP
Doutor deixou legado marcante dos botecos de Ribeirão ao Santa Cruz, além da trajetória na Seleção Brasileira
ESPORTEQuatorze anos se completam nesta quinta-feira (4) desde a morte de Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, um dos nomes mais emblemáticos do futebol brasileiro. O domingo que marcou sua partida terminou com o Corinthians campeão nacional, episódio que muitos torcedores lembram como uma coincidência que parecia escrita para ele.
Embora não tenha nascido em Ribeirão Preto, Sócrates se tornou parte indissociável da cidade. Sua presença ia dos bares ao ambiente acadêmico da Faculdade de Medicina da USP, e se transformou em história no Estádio Santa Cruz. Ídolo máximo do Botafogo-SP, o “Magrão” disputou 269 partidas pelo clube e marcou 101 gols oficiais, feitos que o colocam definitivamente no topo da memória afetiva do torcedor.
Na Seleção Brasileira, onde jogou 63 vezes e balançou as redes em 25 oportunidades, também deixou marca profunda. As participações em Copa do Mundo e seus gestos técnicos — especialmente os passes de calcanhar — reforçaram a imagem do jogador que unia genialidade e personalidade.
Fora das quatro linhas, Sócrates projetava a mesma postura firme. A defesa da democracia se tornou parte importante de sua identidade pública, lembrança que ecoa em quem viveu seus discursos e atitudes, sobretudo nos atos históricos no Vale do Anhangabaú.
Sua ausência ainda reverbera. Para muitos, depois de Sócrates o futebol mudou — assim como Ribeirão Preto, Belém e todos aqueles que acompanharam sua trajetória, dentro e fora dos gramados.