Abin lança app de mensagens seguras para autoridades públicas
"msg gov" promete comunicações criptografadas e dispensa apps comerciais estrangeiros
GERALA Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apresentou nesta semana uma nova ferramenta de comunicação dirigida a agentes públicos e autoridades: o aplicativo msg gov. A proposta é permitir trocas de mensagens, arquivos e chamadas de voz e vídeo de forma sigilosa — sem depender de apps de uso comercial, muitos deles estrangeiros.
Compatível com Android e iOS, o msg gov funciona de modo semelhante aos mensageiros convencionais, com envio de texto, material multimídia, compartilhamento de documentos e comunicação em grupo. A primeira versão já foi testada ao longo de 2025 internamente pela Abin. A plataforma está integrada ao gov.br, o que, segundo a agência, traz “mais praticidade” para a administração pública.
O diferencial técnico do msg gov está nas criptografias desenvolvidas pela própria Abin — um reforço de segurança considerado estratégico para garantir comunicações sigilosas e proteger dados oficiais. A agência afirma que a tecnologia é “pilar da soberania digital e da segurança governamental”.
A solução, criada em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC) e implementada pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), foi concebida para atender inicialmente a membros do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), mas poderá, futuramente, ser usada por toda a administração pública federal, estadual e municipal.
Com a adoção do msg gov, o governo pretende reduzir ou eliminar o uso de aplicativos de comunicação de empresas privadas — que muitas vezes armazenam dados fora do país e podem representar risco à confidencialidade de interceptações, investigações ou informações sensíveis. A medida reforça a autonomia da comunicação oficial frente a soluções estrangeiras e fortalece a segurança digital do Estado.
A Abin destacou que o lançamento é um marco na modernização das comunicações internas e na proteção de informações estratégicas, especialmente no contexto de defesa, segurança interna e articulações interinstitucionais.