PIB avança apenas 0,1% no 3º trimestre de 2025; ritmo lento preocupa especialistas
Economia brasileira cresce 1,8% na comparação anual, mas ritmo desacelera no trimestre e indica fragilidade em 2026
ECONOMIAO Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu apenas 0,1% no terceiro trimestre de 2025 em comparação ao segundo trimestre. Na comparação com o mesmo período de 2024, a alta foi de 1,8%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado dos últimos quatro trimestres, o PIB teve expansão de 2,7%, somando R$ 3,2 trilhões. Apesar da leve alta, o desempenho do trimestre confirma o esfriamento da atividade econômica e preocupa analistas, que já projetam um cenário desafiador para 2026.
O desempenho fraco foi puxado por um crescimento tímido nos serviços, que avançaram apenas 0,1%. A agropecuária subiu 0,4% e a indústria teve leve recuperação de 0,8%. A estagnação dos serviços — setor com maior peso na economia — evidenciou a perda de ritmo da recuperação econômica.
A inflação persistente, os juros elevados e a redução no consumo das famílias também contribuíram para o crescimento modesto no trimestre.
Mesmo com os dados positivos no comparativo anual e acumulado, o resultado trimestral fraco acendeu um sinal amarelo. O crescimento em desaceleração pode comprometer empregos, consumo e investimentos, especialmente diante de um cenário de incertezas fiscais e políticas em 2026.
Economistas avaliam que o país entrou em uma fase de estabilidade econômica com baixo dinamismo. A expectativa é de um crescimento mais modesto no próximo ano, caso não haja estímulos significativos à produção e ao consumo interno.
O PIB representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país em um período. É o principal indicador para medir a atividade econômica. No entanto, ele não capta fatores como desigualdade social, distribuição de renda ou qualidade de vida.
Na prática, é possível que um país apresente crescimento do PIB e, ao mesmo tempo, enfrente dificuldades sociais, como desemprego elevado ou baixa qualidade nos serviços públicos.