Assessoria e Redação | 04 de dezembro de 2025 - 07h35

Operação Pantanal 2025 registra queda histórica de incêndios e áreas queimadas

Redução de focos e hectares atingidos reflete ação integrada de bombeiros, PMA e Imasul

MEIO AMBIENTE
Imagens do Pantanal refletem a redução de incêndios e a preservação de hectares atingidos durante a Operação Pantanal 2025. - (Foto: Divulgação)

Operação Pantanal 2025 apresentou resultados históricos nesta quarta-feira (3), durante o 6º Seminário em Manejo Integrado do Fogo (MIF), no auditório do Imasul, em Campo Grande. O balanço mostra redução expressiva no número de focos de incêndio e na área afetada pelo fogo em Mato Grosso do Sul.

Até 2 de dezembro, foram registrados 1.811 focos de calor, número inferior ao primeiro ano de monitoramento, em 1998, quando 2.111 focos foram contabilizados. A área queimada também caiu drasticamente: 202.678 hectares foram atingidos, frente aos mais de 2,3 milhões de hectares consumidos pelas chamas em 2024.

Segundo o tenente-coronel Leonardo Congro, presidente do Comitê Estadual do Fogo, a redução reflete a estratégia integrada entre órgãos estaduais e municipais. “Não é resultado do acaso. O trabalho interinstitucional, planejamento antecipado e execução eficiente garantiram que as ações fossem efetivas ao longo de todo o ano”, afirmou.

O Governo do Estado atribui o desempenho a diversos fatores, incluindo maior conscientização da população, rapidez na resposta aos focos, qualificação das equipes (com quase mil brigadistas formados em 2025) e condições climáticas mais favoráveis, apesar do déficit hídrico.

Operação Pantanal 2025 reduziu focos de incêndio e áreas queimadas em MS. (Foto: Divulgação)

O Corpo de Bombeiros detalhou suas ações: foram realizados manejos preventivos em 1.150 hectares, capacitados 221 bombeiros e formados 929 brigadistas. No período operacional, 924 focos detectados por satélite foram monitorados, 88 combatidos diretamente e 1.105 ações de combate executadas, com 1.298 militares mobilizados e apoio de 60 viaturas para 4.391 ocorrências registradas pelo SIGO.

Para o Major Eduardo Teixeira, subdiretor de Proteção Ambiental do CBMMS, a atuação rápida foi decisiva: “Em muitos casos, conseguimos combater os focos antes mesmo de serem registrados pelos satélites”.

A Polícia Militar Ambiental (PMA) e o Imasul integraram esforços, realizando cerca de 750 vistorias que resultaram em R$ 49 milhões em autuações. O capitão André Leonel destacou a importância do monitoramento em tempo real e da integração das instituições, que permitiu resposta rápida e ações mais precisas.

O diretor-presidente do Imasul, André Borges, ressaltou que o sucesso da operação reflete avanço da governança ambiental e da articulação entre órgãos. “Investimos em prevenção, tecnologia e educação ambiental, o que permitiu reduzir de forma histórica tanto os focos quanto a área queimada”, afirmou.

O gerente de Unidades de Conservação do Imasul, Leonardo Tostes, complementou: “Realizamos 1.500 hectares de queima prescrita e ampliamos a Sala de Situação com monitoramento em tempo real. A combinação de prevenção, tecnologia e rápida mobilização das equipes foi determinante para evitar danos maiores”.