Andreza de Oliveira | 03 de dezembro de 2025 - 20h45

Anvisa divulga cepas das vacinas contra a gripe para o Brasil em 2026

Formulação protege contra novas variantes de H1N1, H3N2 e influenza B; tetravalentes serão descontinuadas

VACINAÇÃO
Anvisa divulga cepas das vacinas contra a gripe para o Brasil em 2026. - (Foto: Divulgação)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta quarta-feira (3) as cepas que comporão as vacinas contra a gripe utilizadas no Brasil em 2026. A atualização anual é necessária porque o vírus influenza sofre mutações constantes, exigindo adaptações nos imunizantes para manter a eficácia, conforme recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), as alterações protegem contra as novas cepas de influenza A H1N1 e H3N2. Ela explica que o vírus consegue escapar dos anticorpos produzidos pela vacinação anterior devido a pequenas mutações em suas proteínas de superfície.

A OMS define duas formulações: uma para o Hemisfério Norte, utilizada em algumas regiões do Brasil a partir de novembro, e outra para o Hemisfério Sul, aplicada nacionalmente a partir de fevereiro de 2026. Apesar de semelhantes, as versões podem variar de acordo com mutações e sazonalidade da doença.

Vacinas para o Hemisfério Norte

No Brasil, em áreas específicas onde a campanha começou em novembro, são disponibilizadas vacinas trivalentes, quadrivalentes e não baseadas em ovos.

Vacinas para o Hemisfério Sul

O calendário nacional de 2026 começa em fevereiro, com as mesmas versões: trivalente, quadrivalente e não baseada em ovos, contendo cepas atualizadas:

Fim da vacina tetravalente

A Anvisa anunciou que, seguindo recomendação da OMS, a versão tetravalente será descontinuada a partir de 2027, devido à ausência de circulação da cepa B/Yamagata desde 2020. Para 2026, as vacinas quadrivalentes continuam disponíveis, garantindo a cobertura adequada.

Quem deve se vacinar

No SUS, a imunização é voltada a grupos prioritários:

Na rede privada, há ainda vacina de alta concentração para idosos, que contém quatro vezes mais antígenos, oferecendo maior proteção imunológica.

Segundo Mônica Levi, os efeitos colaterais permanecem os mesmos, incluindo dor no local da aplicação, vermelhidão, febre baixa, dor de cabeça e dores musculares.