No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado nesta quarta-feira (3), o Senai destacou uma de suas ações mais significativas voltadas à inclusão: a turma de eletrotécnica formada exclusivamente por pessoas com deficiência (PcD), iniciada em junho deste ano. Ao final do curso, os alunos estarão habilitados como técnicos em eletrotécnica, prontos para atuar em diversas áreas do setor elétrico.

A iniciativa faz parte do compromisso do Senai em oferecer formação de qualidade com acesso ampliado, respeitando as particularidades de cada aluno. O instrutor Lailson de Moura, que acompanha a turma, reforça o impacto da proposta. “É uma turma muito dedicada. O Senai oferece uma oportunidade importante para que todos tenham acesso à educação e possam atuar na área elétrica com qualificação”, afirmou.

A formação é dividida em etapas teóricas e práticas, com foco direto nas demandas do mercado. Após uma base inicial, os alunos avançam para disciplinas específicas, como instalações prediais, automação, energia solar e outras aplicações em ambientes industriais, comerciais e residenciais.

“É uma formação bastante completa. Eles poderão trabalhar em praticamente tudo que envolve elétrica”, explicou Lailson.

A oportunidade tem significado especial para os estudantes. Mariana Nascimento, que tem deficiência auditiva, vê no curso uma forma concreta de retomada profissional. “Eu estava desempregada e encontrei aqui uma grande oportunidade. O aprendizado agrega tanto no trabalho quanto no dia a dia”, disse. Ela deseja atuar futuramente na área de projetos.

Fabiano Gonçalves, com deficiência motora, celebra o avanço pessoal e coletivo proporcionado pelo curso. “O curso superou minhas expectativas. Estamos aprendendo para atuar tanto com projetos quanto com instalações. É uma oportunidade que muitos de nós nunca tivemos”, afirmou.

Para o Senai, promover a formação técnica para pessoas com deficiência vai além da capacitação profissional. É uma forma de inclusão social e fortalecimento da cidadania, inserindo pessoas historicamente excluídas em setores com alta demanda e remuneração competitiva.

A qualificação de turmas específicas para PcD mostra que inclusão e excelência podem caminhar juntas — e que com estrutura, acolhimento e oportunidade, o mercado de trabalho pode ser mais justo e diverso.