Fora da disputa pelo título e livres do risco de rebaixamento, São Paulo e Corinthians ainda têm uma meta concreta nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro: terminar o campeonato na oitava colocação, uma posição que pode abrir caminho para a pré-Libertadores de 2026.

A possibilidade depende do desfecho da Copa do Brasil. Caso Cruzeiro ou Fluminense — semifinalistas da competição — conquistem o título, o G-7 atual do Brasileirão se transformará em G-8. Isso ampliaria as vagas brasileiras na Libertadores, incluindo a oitava posição, que dá direito a disputar a fase preliminar do torneio continental.

Atualmente, o São Paulo ocupa justamente a oitava colocação, com 48 pontos. O time precisa vencer o Internacional nesta quarta-feira (4) para depender apenas de um tropeço de Corinthians ou Red Bull Bragantino e assegurar a posição. A equipe vem de uma dura derrota por 6 a 0 para o Fluminense e tenta reabilitação jogando na Vila Belmiro, já que o Morumbi está indisponível. A última rodada será fora de casa, contra o Vitória, que luta contra o rebaixamento.

Já o Corinthians, com 46 pontos, está em nono lugar e precisa ultrapassar o rival para manter viva a chance de disputar a Libertadores — ainda que tenha uma alternativa mais direta: vencer a Copa do Brasil. O time de Dorival Júnior está na semifinal do torneio, enfrentando o Cruzeiro. O vencedor encara Fluminense ou Vasco na final.

Mesmo com a chance dupla, a equipe alvinegra não deve forçar seus principais nomes nas últimas rodadas do Brasileirão, diante do Fortaleza e do Juventude, ambos jogos fora de casa. O foco total é evitar lesões que possam comprometer a reta decisiva da Copa do Brasil.

A briga pelo oitavo lugar não é apenas esportiva. Participar da Libertadores impacta diretamente o orçamento de 2026. As cifras da competição sul-americana são bem mais robustas do que as oferecidas pela Copa Sul-Americana.

Na edição de 2025, o Flamengo, campeão da Libertadores, somou R$ 179,4 milhões em premiações. Em contrapartida, o Lanús, que levou a Sul-Americana, recebeu R$ 56,5 milhões — menos de um terço do valor total arrecadado pelo clube brasileiro.

Diante disso, São Paulo e Corinthians fazem das duas últimas rodadas do Brasileirão mais do que uma formalidade: são jogos com potencial para influenciar diretamente os rumos esportivos e financeiros de 2026.