A tarde desta segunda-feira (1º) foi marcada por uma mobilização que deve levar mais alegria ao fim de ano de milhares de estudantes da Rede Municipal de Ensino (Reme). Em cerimônia na sede da Receita Federal, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) oficializou o recebimento de cerca de 7 mil brinquedos e outros itens doados pelo órgão, reforçando a edição deste ano do projeto “Papai Noel dos Correios”.

A parceria, tradicional no período natalino, tem como foco atender principalmente crianças em situação de vulnerabilidade. O secretário municipal de Educação, Lucas Henrique Bitencourt, destacou o impacto da iniciativa. Ele agradeceu o apoio da Receita Federal e dos Correios, lembrando que a ação oferece mais do que presentes: representa cuidado e acolhimento. A expectativa, segundo ele, é alcançar aproximadamente 10 mil alunos ao longo da campanha.

A coordenadora da Cepai, Ana Paula Coutinho Schaedler, explicou que a Semed participa diretamente da logística das entregas, feitas nas escolas durante as festas de encerramento do ano letivo. Algumas unidades preferem receber os brinquedos antecipadamente; outras aguardam o dia da celebração para tornar o momento mais especial. Ela lembrou que o “Papai Noel dos Correios”, que completa 36 anos, começou como uma iniciativa interna de carteiros e se transformou em uma grande rede nacional de solidariedade.

O lote entregue pela Receita Federal é avaliado em cerca de R$ 440 mil e reúne itens provenientes de ações de fiscalização nas fronteiras. O delegado da Receita Federal em Campo Grande, Zumilson Custódio da Silva, afirmou que aumentar o volume de apreensões também amplia a possibilidade de destinação social. Apesar de haver produtos variados, a maior parte do lote é composta por brinquedos voltados à campanha.

Representando os Correios, a coordenadora Lúcia Mendes destacou o significado do gesto para as crianças que recebem os presentes. Ela contou que muitas vezes aquele é o único brinquedo que elas ganham no ano, o que torna a experiência inesquecível. Lúcia comentou ainda que não é raro que adultos que, na infância, foram atendidos pelo projeto retornem anos depois para adotar cartinhas, fortalecendo o ciclo de solidariedade.