Começou ontem (1º) a missão internacional que reúne os secretários de Educação de 15 estados brasileiros na Índia, iniciativa que segue até o dia 5 de dezembro. O objetivo é conhecer o modelo de Infraestrutura Pública Digital adotado pelo governo indiano, avaliar soluções de conectividade e sistemas públicos interoperáveis, e debater como adaptar essa experiência à realidade brasileira.

Durante a abertura, o secretário de Educação de Mato Grosso do Sul, Hélio Daher, foi convidado a apresentar as ferramentas digitais já operacionais no Estado. Ele detalhou o funcionamento da Matrícula Digital e do Diário Digital do Professor, plataformas que integram dados de alunos, escolas e docentes, otimizando processos e permitindo acompanhamento em tempo real do desempenho escolar.

“Quando compartilhamos nossas experiências e conhecemos realidades que já avançaram em certas áreas, todos ganham. Volto da Índia com a certeza de que estamos no caminho certo e de que investir em tecnologia e integração de dados é investir no futuro dos nossos estudantes”, afirmou Daher.

Segundo ele, os sistemas têm ajudado a identificar estudantes com baixo rendimento e permitem ajustes rápidos no fluxo escolar e nas estratégias de ensino. Esses resultados, disse o secretário, chamaram atenção da comitiva internacional, que reconheceu Mato Grosso do Sul como referência em transformação digital do setor educacional no país.

A missão reúne gestores da Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe, além de representantes de fundações e empresas parceiras. A agenda inclui visitas a escolas indianas, seminários sobre infraestrutura digital e debates sobre políticas públicas para expansão da conectividade e inovação pedagógica.

Para o Estado, a participação reforça a intenção de alinhar a gestão educacional à estratégia nacional de Governo Digital, com uso intensivo de dados, automatização de processos e ampliação de acesso. No retorno, o plano será analisar como classes de dados e sistemas integrados podem ser replicados de forma eficiente e escalável no Brasil.