O Departamento de Defesa dos Estados Unidos confirmou nesta terça-feira (2) que possui um plano de contingência para uma eventual saída do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, do poder e do país. A informação foi dada pela secretária de Imprensa do Pentágono, Kingsley Wilson, durante coletiva transmitida a jornalistas em Washington.

Wilson ressaltou que qualquer ação militar só será executada caso haja uma ordem expressa do presidente Donald Trump. “O Pentágono está preparado para apoiar os interesses dos EUA na região, mas apenas sob instrução direta do presidente”, afirmou.

A porta-voz também destacou que o foco atual das forças americanas na América do Sul permanece no combate a redes de tráfico de drogas, especialmente com operações no Caribe e nas rotas marítimas da região.

O pronunciamento ocorre em meio a rumores de tensão crescente, após uma suposta ligação entre Trump e Maduro, na qual o líder norte-americano teria exigido a renúncia do presidente venezuelano. A existência do telefonema não foi confirmada oficialmente, mas o tema dominou os bastidores diplomáticos nos últimos dias.

Questionada sobre o possível papel das Forças Armadas venezuelanas em um cenário de transição política, Wilson foi direta: “Qualquer decisão sobre inclusão ou exclusão de atores locais caberá ao presidente. O que está em jogo é a estabilidade da região.”