Iury de Oliveira | 02 de dezembro de 2025 - 14h45

Oficina de histórias emociona público e destaca inclusão na Casa de Cultura

Atividade reuniu 20 participantes e encerrou com apresentação aberta; Libras teve papel de destaque

CULTURA & EDUCAÇÃO
Oficina "Contos e Cantigas" levou emoção e inclusão à Casa de Cultura de Campo Grande - (Foto: Divulgação)

A Casa de Cultura de Campo Grande foi palco, na última semana, de momentos marcados pela oralidade, música e emoção. A oficina “Contos e Cantigas”, promovida com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), reuniu cerca de 20 participantes em quatro encontros que despertaram talentos e promoveram reflexões sobre inclusão cultural.

A atividade foi conduzida pelo Instituto Curumins e integrou a programação local da PNAB, com apoio da Prefeitura Municipal. Professores, artistas e interessados na arte de narrar histórias participaram da experiência, que terminou com uma apresentação aberta ao público.

Para o gestor cultural Ricardo Kumm, a experiência foi uma descoberta. “Eu vim completamente aberto, sem experiência alguma, e estou encantado com a possibilidade da contação de histórias como algo tão bonito”, compartilhou.

A oficina também foi espaço de conexão familiar e aprendizado. A pedagoga Rosimayre Ferreira participou ao lado da filha Maria Eduarda, que pretende atuar como intérprete de Libras. “Eu adoro contar histórias e foi uma boa oportunidade. Gostei de poder narrar histórias que já conhecia dos livros. Fazer com a minha mãe foi ótimo”, disse Rosimayre.

Maria Eduarda emocionou o público ao apresentar uma adaptação da história Cinderela Surda. “Preciso me portar diante das pessoas. Contar histórias me ajuda nisso. Espero que as pessoas se interessem mais pela Libras e pensem em incluir a comunidade surda”, destacou.

As oficineiras Marta Cel e Conceição Leite, responsáveis pela condução dos encontros, destacaram o envolvimento dos participantes e a relevância de ações culturais como essa. “A cidade precisa de mais encontros como esse, que despertam vozes e criam novos narradores para o mundo”, resumiu Marta.

Durante a oficina, os participantes experimentaram a contação de histórias não apenas como arte, mas como ferramenta de comunicação, afeto e acessibilidade. O uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras) nas apresentações foi uma das marcas da atividade, evidenciando a importância da inclusão da comunidade surda nos espaços culturais.

A realização da oficina foi possível por meio de recursos da Política Nacional Aldir Blanc, que tem como objetivo fortalecer ações culturais em todo o país. Em Campo Grande, a política está sendo implementada com foco em descentralização e valorização das múltiplas expressões artísticas locais.