Flávio Bolsonaro se desculpa com Michelle e visita o pai no DF
Senador afirmou ter resolvido desentendimento familiar sobre alianças políticas e pede transferência humanitária do ex-presidente da PF para prisão domiciliar
POLÍTICAO senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) visitou nesta terça-feira (2) o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no Distrito Federal, e disse ter conversado sobre o desentendimento público que teve com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, relacionado à definição de alianças políticas e montagem de palanques no Ceará.
Segundo Flávio, ele se desculpou com Michelle após chamá-la de “autoritária” e afirmou que o grupo pretende criar uma rotina de decisões conjuntas dentro do PL. “Já me resolvi com a Michelle. Pedi desculpas a ela também. Vamos ter uma reunião no PL para tomar decisões em conjunto. Lá no Ceará e em outros estados, ainda não há definições finais”, declarou o senador.
Flávio destacou que não mantém problemas pessoais com Michelle, que, segundo ele, é uma mulher respeitada e tem papel importante no partido. A crise se tornou pública após Michelle criticar a articulação do PL no Ceará, liderada pelo deputado André Fernandes, com o ex-ministro Ciro Gomes (PSDB) para disputa ao Senado em 2026. A ex-primeira-dama reafirmou sua posição em nota, dizendo respeitar os filhos de Bolsonaro, mas mantendo opinião contrária: “Peço aos meus enteados que me entendam e me perdoem. Não foi minha intenção contrariá-los”.
Saúde e condições de prisão
Após a visita, Flávio voltou a reclamar das condições de detenção do pai na Polícia Federal (PF). Ele afirmou que Bolsonaro tem poucas horas fora da sala especial onde está detido e que o local, próximo ao ar-condicionado central do prédio, gera barulho constante. O senador descreveu a situação como um “cativeiro”, apesar da sala contar com cama, frigobar, televisão, armário, mesa e ar-condicionado.
Flávio disse ainda que o ex-presidente apresenta saúde frágil, com crises de soluço constantes, e renovou o apelo para que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorize a transferência para prisão domiciliar por razões humanitárias.