O Ministério da Saúde iniciou nesta terça-feira (2) a distribuição nacional da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR). O primeiro lote, com 673 mil doses, será enviado a todas as unidades da federação para imunização gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O grupo prioritário são gestantes a partir da 28ª semana de gravidez, sem restrição de idade, com recomendação de dose única em cada gestação. O objetivo é proteger os bebês, especialmente nos primeiros meses de vida, reduzindo casos graves de bronquiolite, doença respiratória que pode levar à hospitalização.

Segundo dados do Brasil, até 22 de novembro de 2025, foram registrados 43,2 mil casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) causados pelo VSR. Estudos, como o Matisse (Maternal Immunization Study for Safety and Efficacy), confirmam a eficácia da vacinação.

A gestão das doses é responsabilidade das secretarias estaduais e municipais de Saúde, que poderão iniciar imediatamente a aplicação nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). As equipes devem atualizar a situação vacinal das gestantes, incluindo imunizações contra influenza e covid-19, já que a vacina contra VSR pode ser aplicada simultaneamente a esses imunizantes.

O Ministério da Saúde comprou 1,8 milhão de doses, incluindo entregas iniciais em dezembro, com cronograma definido junto aos estados e municípios. O Distrito Federal é a primeira unidade federativa a receber o imunizante, seguido pelos demais estados até quarta-feira (3).

Na rede privada, a vacina pode custar até R$ 1,5 mil. A incorporação no SUS foi viabilizada após acordo entre o Instituto Butantan e o laboratório produtor, garantindo transferência de tecnologia e possibilidade de fabricação nacional.

Sobre a bronquiolite - A bronquiolite é uma infecção respiratória aguda que atinge principalmente crianças de até 2 anos e idosos. Causa inflamação dos bronquíolos, dificultando a passagem de oxigênio até os alvéolos. Os sintomas incluem obstrução nasal, coriza, tosse, respiração rápida, chiado no peito e febre. Em casos graves, pode haver cianose e pausas respiratórias. Não há medicamento que elimine diretamente o vírus; o tratamento visa dar suporte às funções vitais, mantendo crianças respirando bem, confortáveis e hidratadas.