'Estamos investindo com responsabilidade', diz Adriane sobre gestão econômica em Campo Grande
Prefeita afirma que foco em salários durante crise garantiu equilíbrio fiscal e retomada das obras; plano prevê R$ 544 milhões para infraestrutura
FINANÇASA prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), afirmou nesta manhã (2) que a atual gestão tem priorizado a responsabilidade fiscal sem abrir mão de resolver problemas históricos da cidade. Ela explicou que a diminuição dos investimentos entre os meses de setembro e dezembro foi uma medida estratégica, motivada pela necessidade de garantir os salários dos servidores municipais em um contexto de forte crise econômica nacional.
“Nós diminuímos nos meses de setembro até dezembro, sim, a gente diminuiu o número de investimentos. Por quê? Porque nós estávamos priorizando os salários dos pais e mães de família que trabalham na prefeitura. A dificuldade econômica que o país passa é gritante para todo mundo. E a gente foi gerindo e agora nós estamos investindo recursos”, destacou Adriane.
O esforço de contenção, segundo a prefeita, permitiu à administração manter o compromisso com a folha de pagamento e, ao mesmo tempo, reorganizar a capacidade de investimento. “Os gastos estão sendo comprovados onde está sendo feito investimento. Ninguém aqui está gastando exorbitante, sem controle e sem fundamento”, assegurou.
A chefe do Executivo municipal também rebateu críticas sobre o alto comprometimento do orçamento com despesas. Segundo ela, os números refletem ações concretas, como a ampliação de salas de aula e a contratação de novos profissionais para suprir deficiências estruturais herdadas.
“Eu herdei uma prefeitura com déficit de 13 mil alunos fora da sala de aula. Eu construí 144 salas. Investimos em novas equipes na saúde, contratamos mais médicos, equipes técnicas para trabalhar. Se eu inaugurei 144 salas de aula, eu tive que convocar professores e funcionários para atender essa demanda”, explicou.
Adriane ressaltou que, hoje, 8 mil crianças que antes estavam fora da escola já estão em sala de aula, resultado direto do investimento. “Como é que você sana um problema sem investimento? Eu ia resolver o problema da educação sem investimento? Não”, pontuou.
Sobre o orçamento apertado e a possibilidade de um plano de emergência fiscal, a prefeita foi categórica ao afirmar que o município já trabalha com um plano de equilíbrio. A proposta, aprovada pelo Tesouro Nacional, prevê o congelamento de novos gastos para viabilizar a retomada da capacidade de investimento. “O plano de equilíbrio fiscal não tem nada a ver com o que você propôs aqui. O plano foi um projeto estudado, onde nós vamos trazer um congelamento de gastos para que a gente possa recuperar a capacidade de investimento do município”, esclareceu.
Entre as ações previstas com o plano está a liberação de R$ 544 milhões para obras de infraestrutura e pavimentação em mais de 33 bairros de Campo Grande.
A reorganização econômica já se reflete na retomada de serviços essenciais, como a operação tapa-buracos, que voltou com força total nos últimos dias. Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), já foram fechados cerca de 20 mil buracos em diversas regiões da cidade, uma medida preventiva diante do período chuvoso e do envelhecimento da malha asfáltica da capital.
“As equipes estão nas ruas, dando todo seguimento em todo o trabalho do Tapa Buracos e de outras obras que estão em andamento na cidade”, reforçou a prefeita.
Adriane concluiu dizendo que a gestão tem atuado de forma organizada, transparente e voltada à solução de problemas crônicos. “Estamos organizando a estrutura e resolvendo problemas pontuais, mas que demandam recurso público para que eles sejam resolvidos”, afirmou.