O Ibovespa, principal índice da B3, começou dezembro em leve recuo, encerrando a segunda-feira, 1º, em 158.611,01 pontos, queda de 0,29%, com volume financeiro de R$ 22 bilhões. No ano, o índice acumula alta de 31,86%, próximo de seu melhor desempenho desde 2016, quando avançou 38,94%. Durante o pregão, o índice oscilou entre 158.029,48 e 159.223,92 pontos, partindo da abertura em 159.073,46 pontos.

O setor financeiro, de maior peso no Ibovespa, registrou desempenho negativo, pressionando o índice, enquanto as ações de commodities, como Vale (ON +0,77%) e Petrobras (ON +0,63%; PN +0,19%), se valorizaram, acompanhando a alta do minério de ferro na China e do petróleo em Londres e Nova York. Entre os destaques positivos do fechamento, Eneva subiu 3,42%, WEG 2,10% e BB Seguridade 1,47%. Entre as quedas, MBRF recuou 5,02%, C&A 4,28% e CVC 3,72%. Os bancos tiveram perdas entre 0,61% (BTG Unit) e 1,53% (Bradesco PN).

No cenário externo, o calendário econômico dos EUA segue em segundo plano, com a maioria dos indicadores ainda impactada pelo longo shutdown do governo federal entre outubro e novembro, de 43 dias, que atrasou a divulgação de dados. O relatório de inflação PCE, referente a setembro e previsto para quinta-feira, é apontado como possível catalisador para os mercados, segundo Matthew Ryan, da Ebury.

No Brasil, a agenda da semana tem como destaque a divulgação do PIB, que deve apresentar crescimento sólido, embora com sinais de desaceleração em setores específicos, especialmente no agronegócio, de acordo com a One Investimentos. Nicolas Merola, da EQI Research, acrescenta que leituras recentes de índices PMI mostraram desaceleração nas economias globais, reflexo das políticas monetárias mais restritivas que estão sendo gradualmente afrouxadas.

"Foi um dia mais tranquilo, em que o Ibovespa refletiu sinais opostos entre o setor de commodities e o financeiro, em um ajuste saudável que alternou o comportamento observado na semana passada", comenta Merola.